Eweline Passos Rodrigues, conhecida como "Diaba Loira", foi executada no Rio de Janeiro após trocar de facção criminosa, tendo uma trajetória marcada por ligação com o tráfico e episódios de violência desde uma tentativa de feminicídio.
Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, conhecida como Diaba Loira, foi encontrada morta na última quinta-feira, 14, vítima de disparo de arma de fogo, na Rua Cametá, em Cascadura, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A mulher, que se tornou uma figura conhecida no meio do tráfico, posava com armas e fazendo símbolos de facção em um perfil nas redes sociais, hoje com mais de 70 mil seguidores.
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Nas imagens mais recentes, Eweline erguia os dedos formando o número 3, em alusão à facção Terceiro Comando Puro (TCP), a quem teria se aliado mais recentemente. Antes, ela era vinculada ao Comando Vermelho (CV).
A quebra é notada nos comentários das fotos postadas por Eweline, em que as ameaças à sua vida se destacavam. "Vai virar sanduíche do Comando Vermelho" e "Vamos buscar" são algumas das frases deixadas nas publicações da Diaba Loira. A maioria dos comentários conta com um emoji de uma bandeira vermelha.
Apesar de ter muita familiaridade com armamento pesado, Eweline vivia uma vida comum antes de se aliar ao tráfico de drogas, era casada e mãe. Segundo detalhado pelo jornal O Globo, ela entrou para este universo depois de ter sido vítima de uma tentativa de feminicídio.
Eweline morava em Capivari de Baixo, uma pequena cidade de Santa Catarina, quando levou uma facada no pulmão dada pelo então companheiro. O ex-marido a acusava de traição e de ter roubado dinheiro dele. Segundo o delegado André Luiz Bermudez Pereira, da 5ª DRP, em Tubarão (SC), naquela época, já havia suspeita de que Eweline mantinha vínculos com traficantes, mas nada comprovado.
Depois da tentativa de feminicídio, Diaba Loira passou a ser investigada pela Polícia Civil de Santa Catarina. Mas foi em uma ação da Polícia Militar, em 2023, que ela foi presa a primeira vez, em flagrante enquanto estava a caminho de executar um desafeto da facção que integrava.
Eweline ficou na mira da polícia e chegou a ser presa novamente em janeiro de 2024. Quando veio o terceiro pedido de prisão, enquanto estava respondendo em liberdade, Diaba Loira fugiu para o Rio de Janeiro, onde adotou o apelido e se aliou ao CV.