A Polícia Federal desarticulou um grupo criminoso que causava prejuízos milionários arrombando caixas eletrônicos no Piauí, com suspeita de participação de agentes públicos que forneciam informações privilegiadas.
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira, 25, a Operação Subversivos, que tenta desarticular um grupo criminoso responsável por arrombamentos de caixas eletrônicos que resultaram em prejuízos milionários à Caixa Econômica Federal. Saídos de Santa Catarina, os criminosos concentravam suas ações em cidades do interior do Piauí e em outros estados do Brasil.
Nesta manhã, a PF cumpre dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão em Teresina e Altos (PI), expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do Piauí.
Entre os alvos da operação estão agentes públicos suspeitos de integrar o grupo criminoso especializado em furtos a instituições bancárias. As investigações apontam que os envolvidos usavam ferramentas elétricas de corte e outros instrumentos para violar terminais de autoatendimento e retirar dinheiro. Os valores totais furtados pelo grupo não foram informados.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
A PF diz que agentes públicos se aproveitavam dos cargos que ocupavam e forneceram informações privilegiadas para facilitar a ação do grupo em, pelo menos, cinco crimes no Piauí. Ainda não há informações sobre os cargos exatos de cada envolvido.
A ação desta sexta conta com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e da Corregedoria da Polícia Militar do Piauí.
A Operação Subversivos é um desdobramento da Operação Muros Baixos, deflagrada no começo de março deste ano. Na ocasião, foram presos dois suspeitos que planejavam ataques a caixas eletrônicos no município de Altos e outras cidades da região metropolitana de Teresina, durante o período do carnaval.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de furto qualificado mediante arrombamento, associação criminosa, corrupção passiva e outros delitos que vierem a ser identificados ao longo das investigações.
Ao Terra, a Caixa informou que atua "conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações para reprimir a atuação de criminosos".
O banco ressaltou que "contribui para operações exitosas".