Os agentes penitenciários de Santa Catarina anunciaram a “suspensão temporária” da greve da categoria, que vem causando transtornos e muita polêmica nas últimas três semanas.
A categoria realizou uma assembléia diante do presídio de Florianópolis e decidiu voltar ao trabalho para permitir as visitas aos detentos do Estado. A falta de visitas e de banhos de sol estão sendo apontados como o estopim para a nova onda de ataques que já deixou um saldo de cinco ônibus incendiados na capital e nas cidades de Joinville e Criciúma apenas neste último final de semana.
Além dos ataques aos ônibus, a greve vem causando há cinco dias o protesto de esposas de detentos diante do presídio de Florianópolis. A greve foi considerada ilegal pela Justiça do Trabalho, fato que foi ignorado pela categoria.
Os agentes prisionais exigem, entre outras coisas, a contratação imediata de 300 novos servidores e a autorização para uso de arma de fogo no trabalho. Na reunião desta segunda, foi criada tma comissão que irá discutir, no prazo de três meses, a revisão do plano de cargos e salários da classe, além do chamado imediato de 300 servidores que passaram no último concurso para o cargo.
Um dos pontos que ainda permanecem em discussão é a promessa do governador Raimundo Colombo, realizada em 2013 e ainda não cumprida, de repasse de gratificações à categoria. O sindicato dos servidores do departamento prisional ainda “exige” o cancelamento de multas calculadas em dois milhões de reais, impostas pelas justiça estadual ao considerar a greve ilegal e abusiva.
