STJ determina soltura de pai de Eloá, morta em 2008

Everaldo Pereira dos Santos é acusado de integrar a gangue fardada, organização criminosa que atuava no Alagoas na década de 1990

5 mai 2015 - 16h33
Everaldo Pereira dos Santos foi reconhecido pela televisão após passar mal durante o sequestro de sua filha Eloá
Everaldo Pereira dos Santos foi reconhecido pela televisão após passar mal durante o sequestro de sua filha Eloá
Foto: Adriano Lima / Futura Press

O pai da jovem Eloá Pimentel, morta em 2008 pelo namorado, o ex-cabo da Polícia Militar de Alagoas, Everaldo Pereira dos Santos, conseguiu habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O acórdão foi publicado nesta terça-feira (5), no Diário de Justiça do STJ.

Segundo o advogado de defesa, Thiago Pinheiro, foi pedida a anulação do julgamento, em que Everaldo foi condenado a 33 anos, três meses e 23 dias de prisão por homicídio qualificado (segundo investigações da Polícia Civil e diligências do Ministério Público, Everaldo integrava a gangue fardada, organização criminosa formada por militares que atuava na década de 90 em Alagoas, matando por encomenda desafetos de empresários e políticos).

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De acordo com o advogado, houve recurso contra a condenação mas a apelação não foi julgada porque os antigos advogados do réu não apresentaram as argumentações. Eles deixaram o caso.

Como o júri popular não é considerado transitado e julgado (porque o recurso da defesa não foi julgado), Everaldo volta a ser réu primário e sai da cadeia.

O STJ determinou que seja aberto prazo para a defesa apresentar recurso.

Eloá Pimentel foi sequestrada e morta, em 2008, por seu então namorado Lindemberg Fernandes Alves
Foto: Reinaldo Marques / Terra

Transmitido ao vivo pela TV em 2008, o caso Eloá Pimentel chocou o país. Lindemberg Fernandes Alves invadiu o apartamento da família e manteve a jovem e familiares presos. O fim do sequestro acabou na morte de Eloá.

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Everaldo- pai de Eloá- foi reconhecido por autoridades alagoanas ao ser transferido, de maca, em uma ambulância, para um hospital. Ele conseguiu fugir e acabou julgado a revelia em Alagoas por integrar a gangue fardada.

"Não vi arrependimento em Lindemberg", diz mãe de Eloá
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Fonte: Especial para Terra
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