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Mourão é diagnosticado com covid-19; veja lista de autoridades que foram infectadas

Com diagnóstico, sobe número de autoridades do 1º escalão que já tiveram doença, entre elas Bolsonaro, 13 ministros do Executivo e presidentes de Legislativo e Judiciário.

28 dez 2020 - 08h00
(atualizado às 08h24)

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, foi diagnosticado no domingo (27/12) com covid-19 e precisará ficar em isolamento em sua residência oficial em Brasília. Não há informações oficiais detalhadas sobre seus sintomas ou estado de saúde.

Com o diagnóstico, se amplia ainda mais o número de autoridades brasileiras do primeiro escalão que já tiveram a doença.

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No Executivo, o presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado em julho. Além dele e de Mourão, ao menos 13 dos 23 ministros tiveram covid-19, entre eles Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Eduardo Pazuello (Saúde) e Onyx Lorenzoni (Cidadania).

Nenhum deles desenvolveu uma forma grave da doença, que neste ano matou mais de 190 mil pessoas e infectou quase 7,5 milhões no Brasil.

A doença se espalhou também por outros poderes. No Judiciário, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, teve a doença em setembro. A infecção foi associada à sua posse como presidente da Corte, já que outras dez autoridades tiveram covid-19 depois de comparecerem ao evento, como as ministras Cármen Lúcia (STF) e Maria Cristina Peduzzi (presidente do Tribunal Superior do Trabalho).

No Legislativo, os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que também compareceu à posse de Fux, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre, também receberam diagnóstico positivo.

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Quase nenhum dos citados acima chegou a ser hospitalizado, exceto Pazuello, ministro da Saúde.

Senador e prefeitos mortos por covid-19

Até agora, um congressista morreu em decorrência da doença: Arolde de Oliveira (PSD-RJ), aos 83 anos, em outubro. Ele era aliado de Bolsonaro e negava a gravidade da doença. "Um grande guerreiro se foi!!! Meu irmão Arolde de Oliveira, é assim que vou me lembrar de você, sorridente, competente e dedicado ao cargo que exerceu", escreveu o colega Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Ao menos cinco ex-deputados federais também morreram de covid-19: Cadoca (MDB-PE), José Mentor (PT-SP), Irani Barbosa (PSD-MG), Gerson Peres (PP-PA) e Caio Narcio (PSDB-SP).

Este último tinha 33 anos e estava prestes a ser pai pela primeira vez. "Com muita tristeza recebi a informação da morte do nosso colega, o ex-deputado Caio Narcio. Tive a oportunidade de ser deputado juntamente com ele na legislatura passada, quando aprovamos muitos projetos em parceria. É uma perda muito grande para todos nós", escreveu Rodrigo Maia.

Segundo levantamento do jornal Folha de S.Paulo, ao menos 22 prefeitos brasileiros morreram de covid-19 — quatro deles em uma mesma semana de dezembro.

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Dois líderes mundiais mortos

Ao longo de 2020, a covid-19 atingiu também autoridades do primeiro escalão de outros países.

Dois líderes mundiais morreram em decorrência da doença: Ambrose Dlamini, primeiro-ministro da Suazilândia (ou Essuatíni), e Pierre Nkurunziza, presidente do Burundi, que tinha atraído holofotes pela postura negacionista em relação à doença. Ele chegou a dizer que Deus limpara o coronavírus dos céus do país.

Primeiro-ministro da Suazilândia (ou Essuatíni), Ambrose Dlamini, morreu após ser diagnosticado com coronavírus em novembro
Primeiro-ministro da Suazilândia (ou Essuatíni), Ambrose Dlamini, morreu após ser diagnosticado com coronavírus em novembro
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Segundo as mídias locais, ao menos seis ex-presidentes morreram por causa da doença: Valéry Giscard d'Estaing (França), Pranab Mukherjee (Índia), Jacques Joaquim Yhombi-Opango (República Democrática do Congo), Pierre Buyoya (Burundi), Jerry Rawlings (Gana) e Flavio Cotti (Suíça).

Dois outros líderes acabaram hospitalizados por causa da doença, mas depois se recuperaram: Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Boris Johnson, primeiro-ministro britânico.

"É difícil encontrar palavras para expressar minha dívida com o NHS (o SUS britânico) por ter salvado minha vida", disse Johnson, após receber alta. Ele passou uma semana internado, parte dela na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

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