Morreu, no início da manhã desta quinta-feira, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. Ele, que tinha 79 anos, estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para tratamento de descompensação de fibrose pulmonar. De acordo com a instituição, a família não autorizou a divulgação da causa exata da morte.
Natural de Cruzeiro, no interior paulista, e formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Bastos foi ministro da Justiça entre 2003 e 2007 durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também atuou na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) como presidente da seccional de São Paulo entre 1983 e 1985 e presidente do Conselho Federal de 1987 a 1989.
Polêmicas
A carreira de Márcio Thomaz Bastos, especializado em direito criminal, foi marcada por diversos casos midiáticos e polêmicos. Entre seus trabalhos mais famosos estão as acusações dos assassinos do seringueiro Chico Mendes e do jornalista Pimenta Neves, e as defesas do médico Roger Abdelmassih (condenado a 278 anos de prisão pelo estupro de 52 clientes de sua clínica de reprodução assistida), do estudante Thor Batista (filho do empresário Eike Batista acusado matar um ciclista) e do empresário Carlinhos Cachoeira e ex-dirigentes do Banco Rural no julgamento do mensalão petista.
Velório
O corpo do advogado e ex-ministro da Justiça deve ser velado a partir das 15h desta quinta-feira, no Palácio 9 de Julho, sede da Assembleia Legislativa de São Paulo. O velório deve durar até amanhã quando o corpo seguirá para o crematório do Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.