Índia inicia exportação de vacinas, mas ignora Brasil

Nova Délhi vai abastecer primeiro países vizinhos

19 jan 2021 - 13h02
(atualizado às 13h22)

O governo da Índia divulgou nesta terça-feira um comunicado no qual anuncia o início das exportações de vacinas anti-covid produzidas no país, mas não cita o Brasil entre os destinos dos imunizantes.

Vacina manufaturada pelo Instituto Serum, da Índia
Vacina manufaturada pelo Instituto Serum, da Índia
Foto: EPA / Ansa

A nota foi publicada pelo Ministério das Relações Exteriores indiano e diz que o governo recebeu "vários pedidos de fornecimento de vacinas".

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"Em resposta a essas solicitações e mantendo o compromisso de usar a produção da Índia para ajudar a luta humanitária contra a pandemia, o fornecimento para Butão, Maldivas, Bangladesh, Nepal, Myanmar e Seychelles vai começar em 20 de janeiro", diz o comunicado.

A chancelaria ainda afirma que aguarda "necessárias liberações regulatórias" do Sri Lanka, do Afeganistão e das Ilhas Maurício. O governo brasileiro já anunciou a importação de 2 milhões de doses da vacina de Oxford produzidas na Índia, mas Nova Délhi ainda não confirmou a venda.

O Ministério da Saúde chegou a preparar um avião para buscar a carga na Índia e disse que as doses poderiam chegar ainda nesta semana, porém o comunicado do Ministério das Relações Exteriores do país asiático não cita o Brasil em nenhum momento.

"Tendo em vista as exigências internas, a Índia vai continuar fornecendo vacinas contra a Covid-19 para países parceiros nas próximas semanas e meses, de forma escalonada. Será garantido que os fabricantes locais tenham estoques adequados para atender às necessidades domésticas", acrescenta a nota.

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Devido à demora na liberação das 2 milhões de doses da vacina de Oxford pela Índia, o governo federal teve de iniciar o programa nacional de imunização com a CoronaVac, a qual o presidente Jair Bolsonaro sempre tentou desacreditar.

  
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