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Esquema de Youssef pode ter ocorrido na Usina de Jirau

17 nov 2014 - 19h13

A Polícia Federal (PF) investiga se o esquema de corrupção envolvendo o doleiro Alberto Youssef agiu também na construção da hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. Planilha encontrada no escritório de João Procópio de Almeida Prado, suspeito de ser o braço-direito de Youssef, sob o nome "Demonstrativo de Resultado - Obra Jirau", continha a contabilidade da Camargo Corrêa na construção da hidrelétrica, que tem financiamento do BNDES de R$ 7,2 bilhões. As informações são do jornal O Globo.

A Camargo Corrêa faz parte do consórcio que constrói a usina. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Prado era o intermediário entre o doleiro e a empreiteira. Ele teria também aberto empresas offshore, controlado contas e feito movimentações financeiras no exterior para Youssef. Prado é concunhado de João Ricardo Auler, presidente do conselho de administração da Construções e Comércio Camargo Correa e preso na operação Lava Jato.

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Auler teria sido elo de Youssef com a Camargo Corrêa, até ser substituído por Eduardo Hermelino Leite, atual vice-presidente da empresa. O executivo foi preso preventivamente na operação. O doleiro afirmou que Leite ficava com parte do dinheiro de propina destinada aos políticos. O primeiro contato com a empreiteira, porém, teria sido o ex-deputado federal já falecido José Janene (PP), também envolvido no processo do mensalão.

A Camargo Corrêa manteve contratos com a Petrobras em duas obras, ambas investigadas na Lava-Jato. A primeira foi em uma refinaria no Paraná, a Repar, que, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), teve sobrepreço de R$ 633 milhões. A empreiteira participou também das obras da Unidade de Coqueamento da Refinaria Abreu e Lima, que, suspeita-se, tenha tido superfaturamento no valor de R$ 613,2 milhões. A empresa teria ainda repassado R$ R$ 2,87 milhões em propina para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada com a Justiça.

A Camargo Corrêa afirmou que Prado nunca prestou serviços para a empresa e que desconhece a planilha encontrada com ele.

Fonte: Terra
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