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Coleta de vestígios de abuso sexual poderá ser feita no SUS

Hoje, exame só pode ser feito pelo IML; objetivo da mudança é humanizar procedimento e evitar exposição da vítima

25 mar 2015 - 14h31
<p>Normas técnicas e treinamento de profissionais ainda precisam ser resolvidos</p>
Normas técnicas e treinamento de profissionais ainda precisam ser resolvidos
Foto: Vanguardia

O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (25), novas diretrizes para a organização e a integração do atendimento às vítimas de violência sexual por profissionais de segurança pública e do Sistema Único de Saúde.

A ideia é que o registro de informações e a coleta de vestígios passem a ser feitos durante o atendimento prestado em unidades de saúde às vítimas de violência sexual. Desta forma, o exame não será feito mais de forma exclusiva por unidades do Instituto Médico Legal.

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De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o objetivo do governo é tornar o atendimento mais humanizado, de modo a reduzir a exposição da pessoa que sofreu a violência, evitando que a vítima seja submetida a diversos procedimentos.

"Uma vez a mulher fazendo a denúncia ou o boletim de ocorrência e necessitando desses materiais, dessas informações, não há a necessidade de se repetir pela segunda vez o exame e submeter aquela mulher aos mesmos procedimentos", explicou.

Chioro destacou, entretanto, que a pasta ainda precisa habilitar os serviços de atenção a mulheres vítimas de violência, fazer a formação dos profissionais de saúde e estabelecer as normas técnicas que vão disciplinar como será feito o atendimento, a coleta e o armazenamento de vestígios.

"Queremos construir uma maneira em que a mulher possa ser atendida com mais acolhimento, de uma forma mais integrada entre as áreas da saúde e da segurança pública em benefício de quem é vítima de violência".

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Atualmente, seis Estados já oferecem esse tipo de serviço por meio de pactuação local: Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Dados do governo indicam que o País conta com 402 serviços de atenção às pessoas em situação de violência sexual. Desses, 131 não fornecem atendimento 24 horas por dia.

A secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, ressaltou que a análise dos vestígios em casos de violência sexual permanecerá sendo feita por um perito do Instituto Médico Legal. "O que vamos ter é uma maior capilaridade na coleta de vestígios", disse. "O que nós queremos é não revitimizar e humanizar esse atendimento", completou.

Para a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, o principal destaque das medidas anunciadas consiste na articulação entre as pastas para que as vítimas de violência sexual tenham mais celeridade na resolução de seus problemas.

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"O que propomos é a articulação das atribuições em prol de um melhor atendimento de qualidade para as mulheres, construindo e reforçando essa cadeia (de atendimento), tão necessária em casos de violência sexual", disse.

Agência Brasil
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