Quanto custam roupas camufladas usadas por alguns mortos em megaoperação no Rio?

Vestimenta tem sido comum entre traficantes de favelas comandadas pelo Comando Vermelho (CV)

30 out 2025 - 16h58
(atualizado às 17h10)
Rouplas camufladas são vendidas livremente na internet
Rouplas camufladas são vendidas livremente na internet
Foto: Reprodução

A megaoperação que aconteceu nos complexos do Alemão e Penha, no Rio de Janeiro, na quarta-feira, 28, e deixou 121 pessoas mortas, chamou a atenção por imagens de alguns corpos de suspeitos usarem roupas camufladas.

A vestimenta é utilizada com frequência por traficantes do Rio para se esconder no meio de matas, em disputas territoriais e em confrontos com a polícia e é vendida livremente na internet. 

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Na Shopee é possível encontrar a roupa completa por R$ 150 com calça e jaqueta com capuz. Ela é um modelo 3D com partes de tecidos que imitam folhas e plantas. 

Em outro site é possível encontrar um modelo camuflado similar aos usados por militares das Forças Armadas por R$ 134.

Em outubro de 2024, um grupo com cinco criminosos do Comando Vermelho foram detidos durante uma invasão à comunidade do Catiri, na Zona Oeste, usando vestimentas camufladas, e, na ocasião, eles foram apelidados de "homens samambaias".

Polícia vai apurar fraude processual por remoção de corpos após megaoperação

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O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, disse em entrevista coletiva na quarta-feira, 29, que vai investigar por fraude processual quem participou da remoção dos corpos na área de mata no Complexo da Penha e levou mais de 70 corpos para uma praça do bairro.

Curi citou ainda a retirada das roupas camufladas usadas por suspeitos que tiveram os corpos expostos na rua só de cueca ou short. 

"Esses indivíduos estavam na mata, equipados com roupas camufladas, coletes e armamentos. Agora, muitos deles surgem apenas de cueca ou short, sem qualquer equipamento,  como se tivessem atravessado um portal e trocado de roupa. Temos imagens que mostram pessoas retirando esses criminosos da mata e os colocando em vias públicas, despindo-os. A 22ª Delegacia de Polícia instaurou um inquérito para investigar possível fraude processual.", comunicou o secretário.

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