Thiago Neri, dono da Magnatta Limousines, do RJ, tem vivido um verdadeiro pesadelo para levar de volta ao Rio de Janeiro uma de suas Limousines que estava alugada para uma empresa da Serra gaúcha.
Segundo ele, o veículo, muito utilizado para eventos de casamentos, festas de 15 anos e books fotográficos, entre outros, estava alugada para uma empresa gaúcha, mas por conta de um defeito mecânico, por encontrar dificuldades de mão-de-obra para conserto no Sul, resolveu levá-la de volta ao Rio, para lá receber a manutenção adequada. Cabe ressaltar aqui, que a empresa que alugava o veículo não tem qualquer participação na ocorrência asseguir.
Para isso, Thiago contratou o serviço de guincho de uma empresa que buscaria o veículo em Canela. No acordo, R$ 3250,00 pagos à vista, com Pix comprovado à reportagem, e mais um complemento, que seria entregue mediante a chegada do veículo em sua garagem.
No dia 15 de dezembro, o motorista enviou vídeos da Limousine sendo embarcada no caminhão guincho, demonstrando preocupação com o estado da lataria, para evitar possíveis responsabilidades de transporte. Horas mais tarde, Thiago recebeu mensagem com uma suposta localização do transporte. O motorista estaria há 726 km do destino, um posto de gasolina no Paraná.
A partir daí, Thiago começou a receber mensagens de extorsão e ameaças, oriundas do telefone do motorista. Os interlocutores teriam dito que haviam sequestrado o motorista com os veículos, exigindo dinheiro para devolução. Em uma delas, as quais nossa reportagem teve acesso, uma pessoa pede R$ 20 mil para liberar o veículo, e ameaça: "não vai mais querer a limusine, vou bota fogo. Se chama a polícia só vai ser pior".
Dali, foram três dias de investigação particular, até descobrir que o veículo estava na empresa do dono do guincho, em Garibaldi, outra localidade da Serra Gaúcha.
Em contato com o dono da empresa, este deu versões diferentes para o assunto. Após algumas reportagens serem veiculadas na imprensa do RJ e mostradas a ele, ele teria dito a Thiago para ir buscar o veículo. Mas não sinalizou a devolução dos valores já pagos nem explicação para as extorsões e ameaças.
Thiago acabou acionando a Polícia Civil, mas até o fechamento desta matéria não havia um retorno por parte da delegacia gaúcha.
A reportagem conversou com o dono da empresa de guincho, para conhecer a sua versão. Segundo ele, sua empresa foi contratada para fazer apenas um trecho do trajeto e não recebeu o valor combinado. Ao perceber que algo estaria errado, procurou a delegacia de polícia para o registro de ocorrência e foi orientado a levar o veículo até o depósito do Detran.
A reportagem, durante a apuração dos fatos, teve acesso a todos os vídeos, documentos e conversas fornecidas pelo dono da Limousine, inclusive ao Boletim de Ocorrência registrado por ele.
Agora, a dúvida que permanece é: onde está a Limousine rosa de 8 metros de comprimento?
Reportagem exclusiva Lelê Pereira - @reporterlelepereira
