Padrasto tem infarto ao visitar enteado internado, que morre logo depois por uso de cigarro eletrônico

Angelica Paiva Leite, esposa de João Gonçalves e mãe de Vitor Gabriel, sofreu com a perda de duas pessoas queridas em 24 horas

28 nov 2025 - 13h50
(atualizado às 14h05)
Resumo
Padrasto morre de infarto ao visitar enteado internado, que faleceu no dia seguinte devido a complicações causadas pelo uso de cigarro eletrônico; mãe da vítima inicia campanha de conscientização.
Angelica ao lado do esposo, João Gonçalves, e o filho Vitor Gabriel, que morreram em uma sequência de dois dias
Angelica ao lado do esposo, João Gonçalves, e o filho Vitor Gabriel, que morreram em uma sequência de dois dias
Foto: Reprodução

Uma mãe do interior do Paraná iniciou uma campanha contra cigarros eletrônicos após seu filho adolescente morrer por complicações decorrentes do uso do aparelho. Angelica Paiva Leite, de Santo Antônio da Platina, vive o luto em dose dupla: seu marido, João Gonçalves, 55, morreu um dia antes de seu filho, Vitor Gabriel, de 16 anos. O padrasto teve um infarto fulminante ao visitar o enteado no hospital.

"Os órgãos do meu filho começaram a parar. Ele foi piorando, aí tiveram que entubar ele", contou Angelica ao canal local NP Diário. "No que tiveram que entubar, eu falei para o meu esposo, que estava desesperado, que ia entubar o meu filho. Meu esposo ficou muito nervoso, porque ele ama demais o meu filho. E ele foi na visita, e antes de conseguir ver o meu filho, ele teve um infarto. E ele veio a morrer."

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"O médico tentou, ele estava na UTI. O médico tentou de tudo para o meu esposo voltar. E meu esposo não voltou. Então, isso é uma dor muito grande. E eu tive que continuar com o meu filho na UTI. E passado um dia, o meu filho só foi piorando", continuou a mulher.

Segundo ela, o estado de saúde do filho se deteriorou em menos de uma semana. Tudo teria começado com uma dor de garganta, numa terça-feira. No sábado, ele se sentiu pior e a mãe preferiu levá-lo ao médico.

"Eu o levei no pronto-socorro. No pronto-socorro, ele tomou antibiótico na veia, 3,5 litros de soro. Aí que o médico estranhou, porque ele não teve vontade de fazer xixi com esses 3,5 litros de soro. Porque o rim já estava parando. E o Vitor estava normal, conversando normal, só com uma dorzinha de garganta. Aí que o médico foi ver a pressão do Vitor, caiu 4 por 5. Aí o médico pediu para internar ele na UTI", contou Angelica. 

Apenas no hospital a mãe descobriu que Vitor fazia uso de cigarro eletrônico há cerca de dois meses. Angelica saiu para o enterro do marido e, quando voltou, viu o filho tendo uma parada cardíaca. "Em menos de 24 horas, eu enterrei as duas pessoas da minha vida", disse.

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Fonte: Portal Terra
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