Operação resgata 134 cães da raça lulu-da-pomerânia em situação de maus-tratos em Limeira

Cãezinhos estavam em um canil clandestino; muitos estavam acondicionados em gaiolas e sem alimentação adequada

14 abr 2022 - 10h33

SOROCABA - Uma operação da Polícia Civil e da Guarda Civil Municipal resgatou 134 cães de raça em situação de maus-tratos, em Limeira, interior paulista, nesta quarta-feira, 13. Os cãezinhos, em sua maioria da raça spitz-alemão, também conhecida como lulu-da-pomerânia, estavam em um canil clandestino que funcionava em um condomínio fechado.

Animais estavam espalhados por vários cômodos. Muitos estavam em gaiolas e sem alimentação adequada
Animais estavam espalhados por vários cômodos. Muitos estavam em gaiolas e sem alimentação adequada
Foto: Wagner Morente/GCM/Divulgação / Estadão

Conforme o delegado Leonardo de Oliveira Luiz, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), a operação foi desencadeada após denúncias de moradores vizinhos à Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura, devido ao mau cheiro e à abundância de moscas. Também foram enviadas fotos do local.

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Segundo ele, a equipe da Polícia Civil, apoiada pelo Pelotão Ambiental da GCM, encontrou os animais espalhados por vários cômodos da residência. Muitos estavam acondicionados em gaiolas e sem alimentação adequada. Foram encontrados também medicamentos veterinários sem receituário e com prazo de validade vencido.

Animais resgatados foram colocados sob a guarda de ONGs
Foto: Wagner Morente/GCM/Divulgação / Estadão

O casal que mantinha o canil foi detido ao chegar ao local, quando a operação estava em andamento. Nos depoimentos, eles negaram os maus-tratos, porém, segundo o delegado, vão responder por crime ambiental, já que laudos técnicos do Centro de Zoonoses atestaram as más condições de higiene, acomodação e alimentação dos cães.

Cinco ONGs de Limeira e cidades da região foram acionadas para acolher os animais. Segundo a presidente da Associação Limeirense de Proteção aos Animais (Alpa), Cassiana Fagotti, os cães estão passando por avaliação veterinária. As entidades de proteção animal vão pedir à justiça para se tornarem depositárias dos cãezinhos.

A defesa do casal informou que ainda toma conhecimento das denúncias e vai se manifestar oportunamente.

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