Casal é preso em Araguari (MG) por perseguir uma analista de RH, que reprovou o homem em um processo seletivo; a mulher foi liberada após pagar fiança, e ele segue detido.
Um casal foi preso em flagrante pela Polícia Civil em Araguari (MG) em meio a investigações de uma denúncia de perseguição contra uma analista de recursos humanos que reprovou um dos suspeitos, um homem de 31 anos, durante um processo seletivo para uma empresa da cidade.
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De acordo com a Polícia Civil, tanto o homem quanto a companheira, de 48 anos, perseguiram a recrutadora, de 33, por cerca de quatro meses, com contatos insistentes e invasivos por meio de ligações e mensagens, inclusive no telefone pessoal da vítima.
Às autoridades, a recrutadora relatou 'perturbação e temor' com os contatos do casal e, assim, decidiu denunciar o caso. Segundo a delegada Cláudia Coelho Franchi, responsável pelo caso, o rapaz chegou a afirmar que tinha um relacionamento com a avaliadora, enquanto a esposa ameaçava a vítima.
O casal foi preso na última sexta-feira, 22, após ligarem e mandarem mensagens simultâneas à recrutadora. Em depoimento, os investigadores confirmaram que, após a reprovação do rapaz no processo seletivo, sua esposa mandava mensagens à recrutadora, afirmando que 'ela iria ver'.
O rapaz também afirmou à polícia que sua esposa desconfiava de um suposto relacionamento entre ele e a profissional de RH, e o teria forçado a enviar mensagens à vítima em busca de uma confissão. Na última mensagem enviada por ele, o suspeito diz querer 'terminar o relacionamento', explica a delegada.
“De início ele negou as acusações, depois confirmou e disse que enviava as mensagens porque era ameaçado pela esposa, tendo inclusive apanhado devido às desconfianças dela”, afirmou a delegada à TV Integração, afiliada da TV Globo no Triângulo Mineiro.
As investigações, no entanto, não apontaram qualquer indício de relacionamento entre a vítima e o candidato reprovado, informou Cláudia. A suspeita foi liberada após pagar fiança no valor de um salário mínimo e poderá responder em liberdade, enquanto o marido permanece preso.