O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil lamentou a morte do arquiteto chinês Kongjian Yu em acidente aéreo no Pantanal, destacando seu legado no planejamento ecológico e a criação das "cidades-esponja".
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) publicou uma nota de pesar, na manhã desta quarta-feira, 24, pela morte do renomado arquiteto e urbanista chinês Kongjian Yu, vítima de um acidente de avião que aconteceu na noite de terça, 23, no Pantanal Sul-mato-grossense. Segundo a instituição, Kongjian Yu era referência mundial em arquitetura da paisagem e planejamento urbano ecológico.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Dois cineastas brasileiros estavam na aeronave com o arquiteto chinês. A informação da CAU/BR é de que Kongjian Yu participava de gravações sobre seu trabalho ao lado dos cineastas Luiz Ferraz e Rubens Crispim Jr.
No início de setembro, Kongjian Yu participou da Conferência Internacional CAU 2025, realizada em Brasília, como palestrante. Diante de um público de cerca de quatro mil pessoas, apresentou seu conceito de “cidades-esponja”, aplicado em mais de mil projetos em 250 cidades, e defendeu soluções baseadas na natureza para enfrentar enchentes urbanas e os efeitos da crise climática.
“O Brasil teve a honra de receber Kongjian Yu na abertura da Conferência Internacional CAU 2025, onde compartilhou com milhares de profissionais sua visão transformadora para as cidades do futuro. Sua obra deixa um legado de compromisso com a sustentabilidade, a paisagem e a vida urbana. O CAU/BR se solidariza com a família, amigos e colegas do arquiteto.”, frisa a presidente do CAU/BR, Patrícia Sarquis Herden.
Ele retornou ao Brasil na semana passada, onde participou da Bienal de São Paulo e, depois, seguiu viagem para o Pantanal.
Reconhecido internacionalmente, Kongjian Yu fundou o escritório Turenscape, em Pequim, e recebeu prêmios como o IFLA Sir Geoffrey Jellicoe Award (2020), o Cooper Hewitt National Design Award (2023) e o RAIC International Prize (2025). Sua contribuição influenciou políticas públicas ambientais na China e em outros países, afirma a CAU/BR.