Chácara no Acre vira abrigo para imigrantes haitianos
Dominicanos também enfrentam dias de viagem para ingressar no Brasil. Todos estão unidos por um objetivo comum, o trabalho
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Dezenas de haitianos que enfrentaram tenebrosos dias de viagem para ingressar no Brasil, através da fronteira de Brasileia, distante 240 km de Rio Branco
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Cada haitiano gasta, em média, 10 mil reais para atravessar todas as fronteiras, dinheiro que juntam a duras penas por muito tempo.
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Em dezembro de 2010, houve a notícia dos primeiros haitianos aportando ao Acre
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No abrigo, eles têm acesso a telefones para entrar em contato com a família ou com amigos
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Centenas de imigrantes convivem numa chácara, disponibilizada pelo governo do Acre, que funciona como abrigo em Rio Branco
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Local é uma evolução do primeiro alojamento que recebia os haitianos, ainda em Brasileia
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Local totalmente arborizado fica em um bairro distante do centro da capital.
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Enquanto aguardam regularizar a situação no Brasil, os imigrantes passam o dia inteiro no abrigo.
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Agora, eles têm refeição três vezes ao dia, campo de futebol, e um espaço mais amplo, embora as salas já estejam abarrotadas de bagagens e colchões
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Muitos arriscam tudo e decidem vir sozinho para o Brasil tentar a sorte
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Desde 12 de janeiro de 2010, quando o Haiti foi devastado por um terremoto que destruiu o país e deixou milhares de mortos, feridos e desabrigados, os seus habitantes ficaram desamparados
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Centenas de imigrantes convivem numa chácara, disponibilizada pelo governo do Acre, que funciona como abrigo em Rio Branco
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No abrigo, existe um campo de futebol
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Eles ficam sentados sob uma árvore, enquanto não encontram emprego no País
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Ao vir para o Brasil, Santo Paulino Toribio, 43, deu tudo o que tinha, só o que não queria perder era a dignidade
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Muitos arriscam tudo e decidem vir sozinho para o Brasil tentar a sorte
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Tímidos e, na maioria das vezes, arredios, demonstram em todos os gestos as adversidades de uma história conturbada
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Olhos inexpressivos expõem as memórias de quem viu a tragédia de perto.
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No pensamento, a família que ficou somente na saudade.
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Eles chegam cansados, cheios de bagagens e histórias para contar.
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Do Haiti eles passam pela República Dominicana, Panamá, Equador e Peru, até chegar ao Brasil
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Assim como os outros imigrantes, o contato com os familiares ocorre por meio da internet e de telefone.
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Centenas de imigrantes convivem numa chácara, disponibilizada pelo governo do Acre, que funciona como abrigo em Rio Branco