Roberto Gomes Júnior, brasileiro de 33 anos, foi agredido enquanto caminhava com seu irmão por Limmerick, na Irlanda. Ele precisou levar seis pontos na testa e o caso repercutiu tanto na imprensa brasileira quanto na irlandesa.
O brasileiro Roberto Gomes Júnior, de 33 anos, agora tem uma péssima memória para fechar o período de 1 ano e 4 meses que passou em Limmerick, na Irlanda. Ele foi agredido, na noite do dia 13 de abril, quando voltava para casa. A lembrança, descrita em entrevista ao jornalista Cazé Pecini, no programa Terra Agora, parece mais um pesadelo.
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Era por volta das 22h30, e Roberto fazia, junto com o irmão, um trajeto de 15 minutos a pé.
"Nesse percurso, notamos que tinha um homem andando atrás da gente. Quando a gente terminou de atravessar a rua, esse rapaz perguntou ao meu irmão: 'Where are you from?' ("De onde você é?", em português), e meu irmão respondeu que era do Brasil. Quando ele passou na minha frente, simplesmente abriu a jaqueta, puxou um porrete de dentro da jaqueta e acertou a minha testa", relembra.
Ele se afastou imediatamente do agressor, mas só após uns 10 minutos é que percebeu o quanto de sangue que estava jorrando de sua testa.
"No susto, eu falei: 'Estou morrendo'", conta.
Roberto precisou levar seis pontos na testa. No hospital em que foi atendido, policiais colheram seu depoimento e registraram o boletim de ocorrência. Ele diz que o caso repercutiu tanto na imprensa brasileira quanto na irlandesa e, por isso, acredita que deverá haver alguma melhora na segurança da região.
"Eu acho que eles estão correndo atrás disso aí, não em específico ao meu caso, mas em questão da segurança da cidade, porque esses ataques estão sendo constantes", afirma.
Segundo Roberto, é comum que adolescentes joguem pedras em imigrantes, de quaisquer outras nacionalidades.
"Se eles reconhecerem que a pessoa é imigrante eles vão tentar fazer algo para marcar território", acrescenta.
Dois amigos de Roberto, inclusive, foram vítimas de ataques do tipo. As agressões foram filmadas e publicadas na rede social TikTok. O brasileiro conta que os agressores usam a hashtag "prank" ("pegadinha") nos vídeos.
Roberto conversou, na quarta-feira, 24, com o embaixador do Brasil na Irlanda. Segundo relatou ao Terra Agora, a autoridade prometeu acompanhar mais de perto os casos de agressão a brasileiros no país.
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