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Protagonismo feminino na gastronomia depende de mais crédito, formação e visibilidade

Pesquisa nacional sobre mulheres que empreendem no setor revela que 45% delas esbarram na falta de dinheiro para a capacitação técnica

27 out 2022 - 12h32
(atualizado às 14h59)
Chefs mulheres renomadas se unem em movimento a favor do empoderamento de empreendedoras na gastronomia
Chefs mulheres renomadas se unem em movimento a favor do empoderamento de empreendedoras na gastronomia
Foto: Leo Franco/AgNews

Crédito, formação e visibilidade: essas são as principais dificuldades enfrentadas pelas mulheres brasileiras no mercado da gastronomia. Os dados da pesquisa nacional  Equidade de Gênero na Gastronomia, realizada pelo Instituto Ipsos, faz parte do Movimento Juntas Na Mesa, promovido pela cervejaria Stella Artois. A iniciativa estimula reflexões e mudanças com foco em mais igualdade no setor.

O estudo qualitativo e quantitativo ouviu mulheres em todo o Brasil e chegou a resultados que evidenciam o desequilíbrio de oportunidades entre homens e mulheres. 98% das capas de revista, por exemplo, são estampadas por chefs homens. A falta de visibilidade fica também evidente no reconhecimento das mulheres: apenas 10% recebem os créditos por suas criações.

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Questões culturais, sobretudo, o machismo, também foram apontados. Cinco em cada 10 mulheres concordam que a cozinha doméstica é vista pela sociedade como um trabalho de mulher. No lado profissional da gastronomia, no entanto, apenas 7% dos restaurantes premiados têm mulheres na liderança. No ambiente profissional, as chefs por desafios ainda mais críticos. 36% das entrevistadas concordam que já sofreram assédio moral e/ou sexual ou foram expostas a situações constrangedoras na cozinha.

Para as que desejam liderar seus negócios, os empecilhos são ainda maiores. A pesquisa mostrou a dificuldade na obtenção de crédito e formação: cerca de uma em cada três mulheres afirma que empreender no setor custa mais caro em comparação aos homens. Enquanto 45% delas esbarram na falta de dinheiro para a capacitação técnica.

Ponto de mudança

Como forma de contribuir com a mudança de perspectiva para as mulheres, o movimento Juntas na Mesa conta com um time de chefs mulheres renomadas como embaixadoras. Elas têm gerado conversas nas redes sociais, e usarão seus talentos e restaurantes como pontos de transformação.

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As chefs Kátia Barbosa, Bella Gil, Bel Coelho, Bruna Martins, Andressa Cabral, Kalymaracaya Nogueira, Cafira Foz, Michele Crispim, Nara Amaral e Amanda Vasconcellos criaram um menu especial, batizado de Uncomfortable Food (Comida desconfortável, em tradução literal), com pratos autorais que narram suas lutas e desejos de mudança na gastronomia. As criações podem ser encontradas em seus restaurantes. Conheça abaixo as criações e onde encontrá-los.

Mais informações sobre a plataforma Juntas Na Mesa, bem como as iniciativas de capacitação gratuita e acesso de mulheres a crédito podem ser encontradas aqui

Fonte: Redação Nós
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