Justiça nega prisão preventiva de empresário suspeito por importunar nutricionista em elevador no CE

O empresário Israel Bandeira Neto terá que usar tornozeleira eletrônica, dentre outras medidas cautelares

16 abr 2024 - 22h01
(atualizado às 22h09)
Resumo
O Tribunal de Justiça do Ceará negou o pedido de prisão preventiva do empresário Israel Leal Bandeira Neto suspeito de importunação sexual, mas determinou medidas cautelares para serem cumpridas por ele.
Israel foi flagrando apalpando as nádegas de uma nutricionista, em um elevador comercial
Israel foi flagrando apalpando as nádegas de uma nutricionista, em um elevador comercial
Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça do Ceará negou, nesta terça-feira, 16, o pedido de prisão preventiva para o empresário Israel Leal Bandeira Neto, suspeito de importunação sexual contra uma nutricionista. Ele foi flagrando apalpando as nádegas de Larissa Duarte, quando ela deixava o elevador de um prédio comercial.

Segundo a decisão, acessada pelo jornal cearense O Povo, a Justiça considerou que há provas da materialidade do crime e indícios suficientes da autoria de Israel, porém, não teriam elementos suficientes para o encarceramento do suspeito neste momento. O pedido de prisão preventiva foi feito pelo Ministério Público do Ceará.

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A Justiça, no entanto, determinou uma série de medidas cautelares para serem cumpridas por Israel. Dentre elas está o uso de tornozeleira eletrônica. Confira todas as medidas:

  • O empresário deverá comparecer mensalmente na sede da Coordenadoria de Alternativas Penais para informar e justificar suas atividades;
  • Está proibido de acessar bares, restaurantes, festas,  shoppings, academias de ginástica, shows ou eventos com aglomeração, para evitar o risco de novas infrações;
  • Proibido de manter contato, por qualquer meio, ou se aproximar da vítima e familiares
  • Proibido de se ausentar da Comarca de Fortaleza ou de mudar de endereço, sem prévia comunicação ao juízo e à Central de Alternativas Penais;
  • Deve usar tornozeleira eletrônica.

Para a vítima que o denuncia, porém, as medidas não foram suficientes. Em um vídeo, Larissa Duarte disse que ficou com a sensação de impunidade com a decisão.

"No meu caso, aconteceu em um prédio comercial. Eu estava trabalhando, foi às 11 horas da manhã e nada dessas medidas foi capaz de impedir o que aconteceu. Essas outras duas vítimas foram importunadas sexualmente em um prédio residencial", disse, se referindo ao caso de mãe e filha que também denunciaram Israel pelo mesmo crime.

O Terra não encontrou a defesa de Israel Bandeira para pedir um posicionamento. O espaço permanece aberto.

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Fonte: Redação Terra
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