O esporte brasileiro terá protagonismo inédito na COP30, conferência climática da ONU que será realizada agora em novembro, entre os dias 10 e 21, em Belém. A surfista Maya Gabeira foi nomeada enviada especial para o esporte da Presidência da COP30, tornando-se uma das principais vozes na conexão entre atividade esportiva e meio ambiente.
Reconhecida mundialmente pelas ondas gigantes que encara, Maya agora enfrenta um desafio diferente: mobilizar atletas e torcedores em torno da adaptação às mudanças climáticas. "O esporte tem poder de inspirar ações reais. É impossível falar de futuro sem pensar em sustentabilidade", afirmou em evento recente.
Além de Maya, outras atletas brasileiras também ganham destaque no debate climático. A lateral Tamires Dias, da seleção feminina de futebol, e a tenista Beatriz Haddad Maia participam da campanha internacional Adapt2Win, que defende mais investimentos em adaptação climática — uma frente que busca preparar comunidades e estruturas para os efeitos inevitáveis do aquecimento global.
Tamires disse que "no esporte, aprendemos a nos adaptar todos os dias — a novas equipes, novas táticas, novos adversários… Mas as mudanças climáticas são um tipo diferente de adversário. São mais fortes, mais imprevisíveis e ninguém pode enfrentá-las sozinho". Já Bea Haddad, principal nome do tênis brasileiro, reforçou a importância de "usar a visibilidade para gerar impacto social e ambiental positivo".
A campanha Adapt2Win reúne cerca de 40 atletas de elite de várias modalidades e países, entre eles o atacante Raheem Sterling (Reino Unido/Jamaica), o pivô DeAndre Jordan (EUA), o nadador David Popovici (Romênia), o velocista Ferdinand Omanyala (Quênia) e a lutadora Stamp Fairtex (Tailândia).