Não foi uma partida para entusiasmar o torcedor são-paulino. Nem no placar nem no futebol. O São Paulo continua sem vencer um clássico desde 2012 e ainda lida com um início de temporada irregular – não vence há quatro jogo -, mas ao menos o 0 a 0 contra o Santos no Estádio Morumbi neste domingo teve um sopro de melhora em relação às fracas partidas que marcam o 2014 tricolor.
Na eterna busca por um time confiável, Muricy Ramalho mexeu em uma das estrelas do grupo. Pela primeira vez na temporada, Paulo Henrique Ganso esquentou o banco em uma tentativa de o treinador dar mais velocidade e profundidade ao time. Funcionou em termos. Aos trancos e barrancos, o São Paulo criou chances, conseguiu pressionar o Santos em alguns momentos e satisfez ao menos os torcedores que exigem vontade.
A construção da equipe sem Ganso passou por uma reorganização do sistema ofensivo, com Pabón centralizado e com a tarefa de aparecer mais na área do que o camisa 10. Douglas e Osvaldo abertos pela ponta e Maicon e Souza completando o suporte ao meio-campo deram uma cara diferente ao São Paulo. A produção ofensiva melhorou, Luís Fabiano apareceu mais, mas falhas no sistema defensivo garantiram fortes emoções a Rogério Ceni em um jogo que poderia ter acabado perfeitamente com um empate de vários gols.
O São Paulo teve mais posse de bola (54% a 46%), deu mais chutes a gol (15 a 11) e deixou o clássico com a sensação que poderia ter encerrado o jejum de 12 clássicos sem vitória. Em relação ao jogo apático contra o Palmeiras no começo de fevereiro, houve sinais de evolução. Tanto que, mesmo diante de um jejum de quatro jogos sem vitória e com o bloqueio em jogos importantes mantidos, o torcedor são-paulino deixou o Morumbi sem vaiar a equipe.
