Opinião: São Paulo paga caro por erro da diretoria, mas elenco e Crespo não se isentam

Tricolor Paulista se despediu da Libertadores com derrota para a LDU nas quartas

25 set 2025 - 21h02
Resumo
São Paulo é eliminado pela LDU nas quartas da Libertadores, expõe falhas da diretoria na falta de contratações, escolhas questionáveis de Crespo e erros decisivos de jogadores em campo.
Rigoni, Luciano e Pablo Maia na saída para o intervalo em partida contra LDU
Rigoni, Luciano e Pablo Maia na saída para o intervalo em partida contra LDU
Foto: EDUARDO CARMIM/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O fim do sonho do tetracampeonato da Libertadores para o São Paulo veio com derrota por 3 a 0 no agregado para a LDU, do Equador, em pleno Morumbis. O vexame que calou os 54.609 torcedores presentes no estádio em uma noite fria na capital paulista, porém, começou bem antes de a bola rolar no duelo de ida das quartas de final na semana passada, em Quito. 

Até o mais confiante dos torcedores sabia da importância de o Tricolor Paulista chegar à fase decisiva do mata-mata com um centroavante, mas aparentemente os mandachuvas do clube não pensavam o mesmo.

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Por R$ 12 milhões pedidos pelo Al Hilal, da Arábia Saudita, por um empréstimo até o fim desta temporada, a diretoria liderada pelo presidente Julio Casares e o diretor Carlos Belmonte declinou da negociação com Marcos Leonardo nas últimas horas da janela. O valor, por sinal, é um pouco menor que os US$ 2,3 milhões (R$ 12,2 milhões) em premiação que a Conmebol paga aos semifinalistas de sua principal competição. 

Sem o centroavante revelado pelo Santos, o técnico Hernán Crespo apostou em Luciano como referência dentro da área nos dois jogos contra a LDU. De fato, o camisa 10 está longe de ter as características de ‘matador’, mas as pelo menos quatro oportunidades claras desperdiçadas na eliminatória foram muito abaixo do que o são-paulino espera de quem tem o nome gritado pelas arquibancadas em todos os jogos.

Apesar de Luciano ter sido o principal “vilão” dentro de campo, Pablo Maia, Emiliano Rigoni, Robert Arboleda, Cédric Soares e Bobadilla também erraram em lances cruciais nos duelos contra a LDU. 

Se tantos jogadores têm suas parcelas de culpa, o responsável por colocá-los em campo também não passa batido. Na altitude, por exemplo, Crespo optou por entrar em campo com Cédric, que horas antes havia passado por um problema estomacal em Quito.

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Em uma partida em que o São Paulo estava bem nos 2.734 metros acima do nível do mar, o lateral português ficou para trás na marcação de Bryan Ramirez e viu o atacante passar por suas costas para marcar o primeiro gol da LDU na ida. 

O dedo do técnico voltou a aparecer de maneira negativa no duelo de volta ao apostar em Rigoni como ala no lugar de Cédric. Por tentar enfeitar uma jogada simples - como faz mais do que deveria -, o argentino foi quem errou o passe que resultou no gol de Jeison Medina em São Paulo.

É preciso falar também sobre o departamento médico do São Paulo, que há anos vem sendo criticado. As principais estrelas do time, exceto Luciano, não estavam disponíveis no momento crucial da temporada. Lucas, em um vai e vem eterno com sua lesão, nunca teve sua situação bem explicada. Nesta noite, jogou pouco mais de 30 minutos.

Com a culpa compartilhada entre diretoria, jogadores e técnico, resta o reconhecimento para a tantas vezes criticada torcida do Tricolor Paulista, que lotou o Morumbis contra a chuva e frio e cantou enquanto foi possível.

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Fonte: Portal Terra
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