Diretores do São Paulo se licenciam do cargo após áudios de venda ilegal de camarotes no MorumBis

Douglas Schwartzmann e Mara Casares deixaram as funções no clube nesta segunda-feira

15 dez 2025 - 09h48
(atualizado às 10h10)

Douglas Schwartzmann, diretor adjunto de futebol de base do São Paulo, e Mara Casares, ex-esposa do presidente Julio Casares e até então diretora feminina, cultural e de eventos, deixaram os cargos no clube nesta segunda-feira, 15.

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Ambos se licenciaram das funções após ser revelado um esquema de comercialização clandestina de camarotes no estádio do MorumBis em dias de shows. Um áudio obtido pelo site "Ge" mostrou o esquema ilegal. Douglas Schwartzmann admitiu que ele e outras pessoas ganharam dinheiro com a situação.

"O São Paulo Futebol Clube informa que tomou conhecimento do conteúdo do áudio por meio da imprensa e que realizará a devida apuração dos fatos. Com base nessa análise, o Clube adotará as medidas que se mostrarem necessárias", disse o São Paulo em nota.

Áudios mostraram venda ilegal de camarotes no MorumBis.
Áudios mostraram venda ilegal de camarotes no MorumBis.
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Douglas Schwartzmann ainda afirmou que Mara Casares recebeu do superintendente Marcio Carlomagno o camarote e comercializou ingressos do show da Shakira, em fevereiro. Carlomagno é braço direito do presidente Julio Casares e principal nome da situação para a eleição no clube no ano que vem.

De acordo com o "Ge", o camarote que motivou a gravação e um processo judicial ao qual o site teve acesso foi o "3A", no setor leste do MorumBis. Em documentos do São Paulo, o local é denominado como "sala presidência".

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O estatuto do São Paulo prevê penas para sócios do clube que cometerem infrações. As possíveis punições englobam advertência, suspensão, indenização, perda de mandato, inelegibilidade temporária e afastamento definitivo.

O Regimento Interno do clube paulista ainda diz que "causar dano à imagem do SPFC, em qualquer condição ou no exercício de qualquer cargo pertencente aos poderes do SPFC" é passível de suspensão de 90 a 270 dias. A pena pode ser maior caso o associado ocupe algum dos poderes.

Veja a nota divulgada pelo São Paulo:

O São Paulo Futebol Clube informa que tomou conhecimento do conteúdo do áudio por meio da imprensa e que realizará a devida apuração dos fatos. Com base nessa análise, o Clube adotará as medidas que se mostrarem necessárias.

Na manhã desta data, os conselheiros Douglas Schwartzmann e Mara Casares solicitaram licença de seus respectivos cargos na gestão.

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