O jogo parecia jogado. A garotada boa de bola do Ajax, que já havia vencido a primeira partida na Inglaterra por 1 x 0, ampliou a vantagem com mais dois gols ainda no primeiro tempo.
Só que estamos na semana das viradas improváveis, como o Liverpool mostrou na terça-feira e o Fluminense no domingão. E não deu outra: no segundo tempo tudo mudou.
Lucas Moura fez o primeiro com uma velocidade alucinante, aos 10 minutos. Três minutos depois, o atacante brasileiro aproveitou uma infelicidade do goleiro camaronês Onana, que havia feito dois milagres no mesmo lance, para marcar no rebote, depois de girar e se livrar da zaga holandesa com muita classe.
E no último segundo dos acréscimos, Lucas mostrou frieza para bater cruzado e decretar outra virada épica na mais surpreendente Liga dos Campeões dos últimos tempos.
Uma tristeza profunda para os jogadores do Ajax, que haviam superado os favoritos Real Madrid e Juventus com um futebol digno da escola holandesa. Para Tite, uma boa notícia: depois de muito tempo, um jogador brasileiro voltou a ser protagonista em um jogo decisivo da Liga dos Campeões. Lucas merece um lugar na Seleção.
