Antes do clássico contra o São Paulo, torcedores ameaçam os jogadores do Palmeiras caso eles não vençam a partida na tarde deste domingo, no Estádio do Morumbi, pelo Campeonato Paulista. O muro do Palestra Itália foi pichado com a seguinte frase: "Se não ganha (sic) vai apanhar".
O elenco do Palmeiras vem sofrendo com ameaças de torcedores desde o ano passado, quando a equipe disputava o Campeonato Brasileiro e lutava contra o rebaixamento. Em outubro, a palavra "vergonha" foi pichada no muro da entrada da Avenida Francisco Matarazzo. Um mês depois, a loja oficial do clube, localizada na rua Turiassu, apareceu com "acabou a paz vagabundos".
No entanto, o vandalismo não parou por ai. Ainda em novembro passado, a mesma loja oficial foi incendiada. Na época, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, disse que iria acionar a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) para a abertura de um inquérito policial e investigação de membros de torcidas organizadas. Até agora, ninguém foi preso.
Na última quarta, revoltados com a derrota para o Tigre, da Argentina, pela Copa Libertadores da América, alguns membros da torcida Mancha Alviverde transformaram o Aeroparque de Buenos Aires em uma verdadeira praça de guerra.
Cerca de 50 representantes da Mancha cobraram o presidente Paulo Nobre e chamaram Valdivia de "vagabundo e cachaceiro". Na confusão, o goleiro Fernando Prass foi atingido por uma xícara e teve de levar três pontos na cabeça.
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O presidente Paulo Nobre, eleito em janeiro, promete levar o caso à polícia e cortar regalias da organizada. O mandatário informou que não vai mais dialogar com a torcida organizada se os baderneiros não forem identificados e expulsos.
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Delegação do Palmeiras não passou pela área de desembarque do Aeroporto de Cumbica, no retorno ao Brasil, após entrar em conflito com torcedores organizados no Aeroparque de Buenos Aires; time usou saída alternativa para evitar contato com os poucos torcedores que aguardavam a equipe em Guarulhos
Foto: Marcelo Pereira
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Bagagem dos palmeirenses saiu por volta das 14h30 na área de desembarque, mas jogadores e comissão técnica usaram outra saída
Foto: Marcelo Pereira
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Conflito entre jogadores e torcedores começou quando membros da organizada foram cobrar Valdivia, e resultou em ferimento na cabeça do goleiro Fernando Prass
Foto: Marcelo Pereira
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Único membro da organizada presente no Aeroporto de Cumbica não participou da briga e disse que "não tinha como" ser algo premeditado pela torcida
Foto: Marcelo Pereira
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Policiamento foi reforçado em Cumbica para a chegada do Palmeiras, mas não houve transtornos
Foto: Marcelo Pereira
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Depois do desembarque palmeirense, o presidente Paulo Nobre convocou uma entrevista na Academia de Futebol para se posicionar sobre a confusão com os membros da organizada no aeroporto argentino
Foto: Alê Cabral
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Paulo Nobre se irritou com a atitude dos integrantes do grupo organizado: "o Palmeiras não é refém de organizada, e o fato de respeitarmos todo tipo de torcedor não faz do Palmeiras refém"
Foto: Alê Cabral
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"O que aconteceu é inaceitável, e o Palmeiras não vai tolerar esse tipo de atitude daqui para frente. Isso não é atitude de um torcedor apaixonado, é de bandido que está na torcida uniformizada", disparou o presidente alviverde