1º ouro do Brasil "cutuca" futebol e bate papo com ministro

Confira bastidores da festa da judoca Érika MIranda após conquistar primeiro ouro do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto

12 jul 2015 - 09h27

Érika Miranda era o exemplo claro do que é um sonho realizado na noite deste sábado, no complexo onde acontece o judô, em Mississauga, a cerca de uma hora de Toronto. Abraços efusivos na treinadora Rosicleia Campos, mais abraços apertados em Raquel Silva, irmã da judoca Rafaela Silva, e andar desnorteado, meio que sem saber o que se passava naquele momento. A razão de tamanha felicidade faz sentido para Érika, afinal a brasileira bateu duas vezes na trave nos Jogos Pan-Americanos ao conquistar a prata em Rio 2007 e Guadalajara 2011.

A razão de tanta felicidade também é graças ao amor à modalidade que pratica. Tanto, que logo após conquistar o ouro, a brasileira fez questão de dar uma "cutucada" no fato de o Brasil dar muita atenção ao futebol e não muito para esportes olímpicos. "No país onde o futebol reina, quem manda é o judô. Estou muito feliz com esse meu primeiro ouro nos Jogos Pan-Americanos depois de ser vice duas vezes (Rio 2007 e Guadalajara 2011). É o primeiro ouro para mim e para o Brasil. Estava esperando muito isso, batendo sempre na trave". 

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Érika Miranda festeja 1º ouro: "quero comemorar comendo"
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Depois de esfriar um pouco a cabeça, Érika contemporizou a declaração. "O brasileiro gosta muito de futebol, mas o judô está dando resultado, ganhando espaço, o número de brasileiros praticantes está aumentando mais, quem está aqui no Pan ganhando essa medalha é um incentivo maior para muitos outros campeões do futuro".

Logo após dar essa provocada, Érika foi paparicada pelo ministro do Esporte, George Hilton. Utilizando de seu assessor para entrar em contato com a brasileira, que estava na área de entrevistas, o político parabenizou a atleta, que respondeu com elogios ao ministro. "Você ainda está aqui em Toronto? Então foi pé quente, hein ministro? O judô ainda vai dar muitas alegrias nesse Pan, pode ter certeza", disse a judoca ao conversar com o ministro.

Após o ouro, Érika abraçou forte Raquel Silva, a quem apelida de Chiquitita e que a ajudou demais como sparring para o Pan
Após o ouro, Érika abraçou forte Raquel Silva, a quem apelida de Chiquitita e que a ajudou demais como sparring para o Pan
Foto: Eduardo Palacio / Terra

Depois de subir no pódio, escutar o hino nacional e se emocionar foi a vez da maratona de entrevistas. Com pressa para passar no doping, Érika teve que passar por um túnel grande e enfrentar os jornalistas. Perguntas sobre inspiração para 2016 tomaram conta das indagações. A todas, a judoca disse que é muito cedo para pensar na Olimpíada. 

Em seguida, veio o reconhecimento. A atleta rasgou elogios a Raquel Silva, que foi quem serviu de "sparring" durante a preparação para a disputa do Pan. "Essa medalha vai para minha família, minha irmã, meus pais. Tem também uma pessoa especial que se chama Chiquitita. É até irmã da Rafaela Silva, o nome dela é Raquel e nessa preparação ela me ajudou muito. A gente fez uma semana de treinos em Mangaratiba, pensando nos Jogos e eu derrubei ela muito, ela caiu muito, eu dei muito na orelha dela. E ela sempre feliz querendo fazer o melhor. Dei um abraço bem forte quando saiu o ouro e amanhã a gente conversa".

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Após as entrevistas, a atleta disse que tinha apenas um objetivo: comer. "Nem sei como vai ser a comemoração, só quero comer. Só quero comer qualquer coisa". A judoca tem sofrido um pouco para se manter no peso dentro da categoria e o rigor das nutricionistas não permitiu que ela se esbaldasse na competição, mas depois do ouro tudo é liberado. 

Fonte: Terra
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