Uma eventual nova eleição para a presidência do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) só seria possível se houvesse vacância dos cargos de presidente e vice presidente. Portanto, se Carlos Arthur Nuzman renunciar ou for afastado definitivamente por decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI), o vice Paulo Wanderley ficará em seu lugar e deverá cumprir o atual mandato até o fim – encerra-se em 2020.
Na manhã desta sexta, Nuzman foi suspenso pelo COI por período indeterminado. Dependendo dos desdobramentos das investigações no Brasil sobre a participação dele em esquema de compra de votos apara a escolha do Rio como sede olímpica, o dirigente pode ser excluído de todas atividades do esporte.
Esse cenário se acentua por causa da prisão temporária de Nuzman. Mesmo que saia da cadeia nos próximos dias, sua imagem e a do COB já sofreram um baque no mundo do esporte. A repercussão mundo afora da prisão do homem que discursou para mais de dois bilhões de pessoas em agosto de 2016, no Maracanã, já provocou estragos difíceis de serem reparados.
Desde esta quinta, Paulo Wanderley já ocupa provisoriamente o posto de Nuzman no COB. Ele vai aguardar o desfecho das investigações e da decisão da Justiça para definir como vão ser os próximos passos na administração do COB.
Paulo Wanderley presidiu a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) por 16 anos (de 2001 a 2017), período em que a modalidade conquistou o maior número de medalhas olímpicas para o Brasil – total de 12. No COB, sua imagem é de rigor com relação à transparência de gestão.