Rússia e Belarus são banidas dos Jogos Paralímpicos

O aumento dos conflitos na Ucrânia fez o Comitê Paralímpico Internacional voltar atrás na decisão; Rússia deveria ter 71 atletas competindo em Pequim

3 mar 2022 - 05h43
(atualizado às 07h27)
Presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, discursa na cerimônia de encerramento da Olimpíada de Inverno Pequim
Presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, discursa na cerimônia de encerramento da Olimpíada de Inverno Pequim
Foto: Kim Hong-Ji

Atletas russos e belarussos foram banidos dos Jogos Paralímpicos de Inverno 2022 pelo envolvimento de seus países na guerra na Ucrânia, disse o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) nesta quinta-feira, 3, em Pequim.

A reviravolta ocorreu menos de 24 horas depois que o IPC anunciou na quarta-feira, 02, que permitiria que atletas dos dois países competissem nos Jogos, que têm abertura marcada para a próxima sexta-feira, 04.

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A condição era a de que os atletas fossem identificados como neutros, com cores, bandeiras e outros símbolos nacionais removidos. O IPC recebeu críticas imediatas pela decisão inicial.

Em comunicado, o presidente do IPC, Andrew Parsons, disse que, nas últimas 12 horas, um grande número de membros entrou em contato com o comitê pedindo para que a decisão fosse reconsiderada, sob possibilidade de "graves consequências".

Parsons acrescentou: "O que está claro é que a situação atual em rápida escalada nos colocou em uma posição única e impossível tão perto do início dos Jogos''.

O IPC agora se junta a esportes como futebol, atletismo, basquete, hóquei e outros que impuseram proibições gerais a russos e belarussos.

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A Rússia deveria ter 71 atletas competindo em Pequim. Não se sabe quantos atletas belarussos estariam envolvidos. A Ucrânia disse que teria 20 participantes.

Na segunda-feira, 28, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pressionou os órgãos esportivos a excluir atletas de ambos os países de eventos internacionais, mas deixou a decisão final para os órgãos governamentais.

Parsons também se dirigiu aos atletas russos e belarussos: "Para atletas dos países impactados, lamentamos muito que sejam afetados pelas decisões que seus governos tomaram na semana passada ao violar a trégua olímpica. Vocês são vítimas das ações de seus governos"./ AP

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