Atletas russos e belarussos foram banidos dos Jogos Paralímpicos de Inverno 2022 pelo envolvimento de seus países na guerra na Ucrânia, disse o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) nesta quinta-feira, 3, em Pequim.
A reviravolta ocorreu menos de 24 horas depois que o IPC anunciou na quarta-feira, 02, que permitiria que atletas dos dois países competissem nos Jogos, que têm abertura marcada para a próxima sexta-feira, 04.
A condição era a de que os atletas fossem identificados como neutros, com cores, bandeiras e outros símbolos nacionais removidos. O IPC recebeu críticas imediatas pela decisão inicial.
Em comunicado, o presidente do IPC, Andrew Parsons, disse que, nas últimas 12 horas, um grande número de membros entrou em contato com o comitê pedindo para que a decisão fosse reconsiderada, sob possibilidade de "graves consequências".
Parsons acrescentou: "O que está claro é que a situação atual em rápida escalada nos colocou em uma posição única e impossível tão perto do início dos Jogos''.
O IPC agora se junta a esportes como futebol, atletismo, basquete, hóquei e outros que impuseram proibições gerais a russos e belarussos.
A Rússia deveria ter 71 atletas competindo em Pequim. Não se sabe quantos atletas belarussos estariam envolvidos. A Ucrânia disse que teria 20 participantes.
Na segunda-feira, 28, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pressionou os órgãos esportivos a excluir atletas de ambos os países de eventos internacionais, mas deixou a decisão final para os órgãos governamentais.
Parsons também se dirigiu aos atletas russos e belarussos: "Para atletas dos países impactados, lamentamos muito que sejam afetados pelas decisões que seus governos tomaram na semana passada ao violar a trégua olímpica. Vocês são vítimas das ações de seus governos"./ AP