Ramón Díaz, técnico do Inter, diz que 'futebol é para homens, não é para meninas'

Treinador voltou a protagonizar uma declaração machista ao reclamar de anulação de gol da equipe gaúcha

9 nov 2025 - 08h06
(atualizado às 08h29)
Resumo
Ramón Díaz, técnico do Inter, fez uma nova declaração machista após o empate contra o Bahia, afirmando que "futebol é para homens, não é para meninas", reacendendo críticas por posições semelhantes em episódios anteriores.
Emiliano (à esquerda) e Ramón Diaz, auxiliar e técnico do Internacional, respectivamente
Emiliano (à esquerda) e Ramón Diaz, auxiliar e técnico do Internacional, respectivamente
Foto: Ricardo Duarte / Internacional

O técnico Ramón Díaz, do Inter, voltou a protagonizar uma declaração machista após o empate por 2 a 2 com o Bahia, neste sábado, no Beira-Rio, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Irritado com a anulação de um gol, o treinador utilizou uma expressão ofensiva ao questionar a atuação da arbitragem.

"Tenhamos muito cuidado, que o clube tenha muito cuidado com os árbitros. Com o que aconteceu hoje. E já passou uma partida em que Romero fez o gol e também o anularam. Isso temos que ter muito cuidado. Eu vou falar com o presidente. Não pode ser que, em um clube tão importante, que passe isso, o que aconteceu hoje. Porque foi incrível. O futebol é para homens, não é para meninas, é para homens" disse o argentino.

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O lance ocorreu quando o árbitro Lucas Paulo Torezin validou o gol de Carbonero em campo e, posteriormente, o anulou após recomendação do VAR.

A fala reacendeu críticas ao treinador, que já havia se envolvido em polêmica semelhante em 2024, durante sua passagem pelo Vasco. Na ocasião, após reclamar da arbitragem de um jogo contra o Grêmio, Díaz sugeriu incômodo por uma mulher comandar o VAR — a árbitra de vídeo era Daiane Muniz.

"Na última partida, em casa, uma senhora, uma mulher, interpretou um pênalti de outra maneira. O futebol é diferente. Principalmente de que o VAR seja decidido por uma mulher", declarou na época.

Minutos após aquela entrevista, o técnico buscou a imprensa para tentar se retratar, alegando má interpretação de suas palavras. "- Se interpretou algo mal da minha declaração. Quero pedir desculpas. Me pareceu que o que eu quis dizer é que uma só pessoa não pode tomar uma decisão tão importante como é a participação do VAR no futebol. Se se interpretou mal, peço desculpa, mas não é minha intenção", disse.

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