Fácil de notar a irritação de uma legião de flamenguistas com a decisão do técnico Tite de manter Everton Ribeiro em campo até os 46 minutos do segundo tempo da partida em que o Brasil derrotou o Uruguai por 2 a 0, nessa terça, em Montevidéu, pelas eliminatórias do Mundial de 2002. O jogo, na metade da etapa final, já se desenhava decidido para o Brasil, que atuava com um a mais – Cavani havia sido expulso – e não dava espaços para o adversário chegar perto do gol.
Logo, pelas redes sociais, muitos rubro-negros começaram a pedir a substituição de Everton Ribeiro, a fim de que ele guardasse um pouco do seu fôlego para o clássico desta quarta, entre Flamengo e São Paulo, no Morumbi, na decisão de uma das vagas à semifinal da Copa do Brasil.
O time carioca já sofre com uma penca de desfalques (Gabigol, Pedro, Rodrigo Caio, Filipe Luís, Diego Ribas e Thiago Maia, entre outros) e precisa derrotar os paulistas por diferença de dois gols para se classificar – se vencer por 1 a 0, 2 a 1, 3 a 2, e assim por diante, a disputa vai para os pênaltis. Ao São Paulo, que superou o Fla no Rio por 2 a 1, basta o empate.
Everton novamente foi um dos que correram demais, participou ativamente do jogo em Montevidéu, esteve em todos os lados do campo e já acusava cansaço por volta dos 20 minutos do segundo tempo. Ainda assim, com a dupla vantagem, de 2 a 0 no placar e de um a mais em campo, Tite segurou o meia até os acréscimos, quando houve a substituição e Everton Ribeiro, exausto, deu a vaga a Lucas Paquetá.
Resta saber em que condições o jogador vai se apresentar ao Flamengo horas antes do confronto com o São Paulo. Mesmo que seja escalado, não vai ter como repetir o desempenho das últimas partidas, tal o seu desgaste físico pelo compromisso com a Seleção e a viagem de volta do Uruguai.
