Neymar divide papel de vítima e vilão no caso de racismo

Jogador exige punição ao zagueiro Álvaro González, a quem teria dirigido palavras homofóbicas, além de lhe ter dado um soco

22 set 2020 - 10h49

Já faz alguns anos que o futebol não comporta mais casos de racismo. Nesse aspecto, se realmente ouviu do zagueiro Álvaro González, do Olympique de Marselha, o termo “macaco”, durante discussão em jogo com o PSG, dia 13 de setembro, pela Liga Francesa, Neymar faz o que deve ser feito: exige uma punição severa ao agressor.

Neymar acusa zagueiro Álvaro González de racismo; jogador brasileiro teria revidado a agressão com termos homofóbicos
Neymar acusa zagueiro Álvaro González de racismo; jogador brasileiro teria revidado a agressão com termos homofóbicos
Foto: Reuters

Por outro lado, há uma denúncia veiculada por parte da imprensa francesa de que o atacante usou do mesmo expediente para se defender. Ou seja, além de ter agredido González com um golpe na nuca, o que lhe custou a expulsão da partida e dois jogos de suspensão, Neymar teria ofendido o adversário ao chamá-lo de “p. maricon”.

Publicidade

Se tudo isso for verdade, ele terá “combatido” uma atitude de racismo com um ato de homofobia e, portanto, seria passível de uma outra punição. Essa interpretação vem ganhando força na imprensa europeia nos últimos dias e certamente tem atormentado Neymar e seu staff.

Por enquanto, no entanto, o que está em análise pela Liga Francesa é apenas a acusação feita por Neymar, de racismo. Mas já há um movimento em curso naquele país, capitaneado por jornalistas e ativistas de direitos humanos, para que a apuração seja extensiva ao eventual revide verbal do craque brasileiro ao zagueiro do Olympique.

Fonte: Silvio Alves Barsetti
Quer ficar por dentro dos resultados e novidades de futebol?
Ativar notificações