Júlio Baptista, ex-jogador de futebol, apontou o racismo como obstáculo para a inserção de treinadores negros no futebol europeu, mas mantém o sonho de reverter essa realidade e crescer profissionalmente.
O ex-meia Júlio Baptista, que atualmente vive em Madri, na Espanha, e estuda para se tornar treinador no futebol profissional, fez uma declaração forte sobre o racismo no meio esportivo europeu: "Gostaria de ser treinador, mas nós, negros, somos penalizados".
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A aspa foi manchete da entrevista exclusiva do ex-Real Madrid e Seleção Brasileira ao jornal italiano 'Gazzetta dello Sport'. Aos 44 anos, o brasileiro comanda a equipe sub-19 do clube merengue. Para Baptista, a cor da pele influencia negativamente no Velho Continente.
"Não sei (se existem menos oportunidades para treinadores negros). Mas é um fato. Quantos treinadores negros você vê nas cinco principais ligas? Eu não vejo muitos. Gostaria de pensar que é apenas uma coincidência, mas infelizmente acho que não", afirmou.
Apesar da discriminação, Júlio Baptista, que também teve grandes passagens por São Paulo, Sevilla e Roma, se compromete a perseguir o sonho de obter sucesso como treinador do futebol profissional.
"Há menos oportunidades. Então, espero ser eu quem vai reverter essa tendência, nunca diga nunca", declarou.