Ex-chefe do comitê técnico da Fifa decidirá até 2015 se concorrerá à presidência da entidade

27 nov 2014 - 11h44

O pré-candidato à presidência da Fifa Harold Mayne-Nicholls vai decidir até o ano novo se concorrerá contra o atual presidente da entidade, Joseph Blatter, disse o chileno nesta quinta-feira. 

Chileno Harold Mayne-Nicholls durante coletiva de imprensa em Lisboa. 2/09/2010.
Chileno Harold Mayne-Nicholls durante coletiva de imprensa em Lisboa. 2/09/2010.
Foto: Jose Manuel Ribeiro / Reuters

Mayne-Nicholls, ex-chefe do comitê técnico da Fifa que alertou contra a realização da Copa do Mundo no Catar em 2022, disse em outubro que cogitava concorrer. 

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"No momento, ainda estou considerando, falando com amigos - até o ano novo eu vou tomar uma decisão", disse Mayne-Nicholls, de 53 anos, em uma conferência em Dubai. 

"Às vezes você perde, mas você coloca algumas ideias na mesa que podem ajudar o futuro do jogo e isso será o suficiente", disse ele a repórteres. 

Ele foi cuidadoso em salientar que as regras da Fifa impedem a realização de campanhas antes do prazo de candidatura, que termina em 29 de janeiro. A eleição será em 29 de maio. 

Blatter, um suíço de 78 anos, é o grande favorito, apesar da oposição à sua liderança devido às alegações de corrupção dentro da entidade que administra o futebol mundial. 

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O ex-vice-secretário-geral da Fifa Jérôme Champagne, de 56 anos, é o outro candidato declarado.

Mayne-Nicholls precisa obter apoio de cinco federações nacionais para concorrer e parece estar se posicionando como um reformista. 

"O problema será se todos nós pensarmos que a situação está ok", disse ele. "Como Fifa, administramos um jogo que pertence ao povo. Nós não somos o dono do jogo."

Ele criticou a votação secreta feita pelo Comitê Executivo da Fifa que decidiu em um mesmo dia as sedes dos torneios de 2018 e 2022.

Mayne-Nicholls revelou neste mês que estava sendo investigado pelo comitê de ética da Fifa. 

Segundo o jornal The Telegraph, a Fifa está investigando o ex-dirigente por seu suposto pedido para que alguns membros de sua família se tornassem estagiários não-remunerados da Academia de Aspirantes do Catar. 

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"É parte das regras do jogo quando você concorre para tal posição - você sabe que há este tipo de risco e um deles são as pessoas tentando lhe prejudicar", disse Mayne-Nicholls.

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