Quinze anos depois, “São” Prass frustra “Marcelinho” Elias

20 abr 2015 - 10h08

Semifinal entre Corinthians e Palmeiras, decisão nos pênaltis. O camisa 7 alvinegro bate a cobrança decisiva, o goleiro palmeirense pula no canto direito e sai para fazer a festa com a torcida. Nos últimos 15 anos essa era a narração da Libertadores da América de 2000, mas neste domingo virou também a do Campeonato Paulista de 2015. Elias, camisa 7 alvinegro, assim como Marcelinho Carioca no passado, tinha a chance de eliminar o Palmeiras na quinta cobrança corintiana, mas parou em Fernando Prass, que teve tarde de São Marcos.

Marcos se consagrou na Copa Libertadores de 1999
Marcos se consagrou na Copa Libertadores de 1999
Foto: Gazeta Press

A diferença entre os dois lances é que no primeiro a cobrança do ídolo corintiano sacramentou a ida palmeirense para a final, enquanto o deste domingo significou apenas sobrevivência. Se Elias convertesse, era ele e seus companheiros que jogariam no próximo domingo contra o Santos. Prass ainda defendeu a cobrança de Petros durante a disputa de alternadas para garantir a vaga.

Publicidade
Prass também está cada vez mais consagrado na história do Palmeiras
Foto: Djalma Vassão / Gazeta Press

Prass é cauteloso ao falar sobre a comparação: "eu não tenho moral para carregar uma comparação como essa. O Marcos é um dos maiores jogadores da história do Palmeiras, o maior goleiro da história do clube e um dos maiores do mundo. Eu sempre falei, desde que cheguei ao clube (em 2013), que o Marcos construiu a história dele e eu estou tentando construir a minha. Posso não ser o melhor goleiro do mundo, mas sou um cara que trabalha bastante, é companheiro e não foge da briga, o que o Palmeiras precisar para ganhar eu vou fazer", declarou Prass, em entrevista à TV Bandeirantes.

Mas Prass se empolga ao comentar a defesa deste domingo: “a adrenalina vai lá em cima, até porque o primeiro que defendi fechava a série. O mais difícil é se manter sereno, manter calmo, para ter o discernimento, porque o nervosismo embaralha os pensamentos”, analisou Prass sobre o pênalti que salvou o Palmeiras. “É mais feeling na hora de bater. Até o Petros pensei que ia bater no canto contrário, e na hora que ele colocou o pé, enquadrou o corpo, eu decidi mudar de lado e levei sorte”, analisou o goleiro sobre o pênalti que garantiu a vaga.

Herói! Prass pega cobrança de Petros e classifica Palmeiras
Video Player

O passado não faz apenas o palmeirense ter um gosto especial com a partida deste domingo. Goleiro do Vasco nos duelos contra o Corinthians em 2011 e 2012, Prass admite: o rival estava engasgado em sua garganta por um bom tempo.

“A gente perdeu um brasileiro por dois pontos, e o que doeu mais é que foram com dois erros gravíssimos de arbitragem contra o Flamengo. Na Libertadores, fizemos dois grandes jogos e saímos aos 43min, no gol do Paulinho. Estava engasgado”, comemorou o arqueiro.

Publicidade

As comparações com o ano de 2000 não ficaram apenas na torcida. Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, também relembrou dos grandes confrontos dos tempos de Felipão após a semifinal do Paulista. “Toda disputa em pênaltis te remete a outras que você participou. Lembrei na final da Libertadores, lembrei das disputas contra o Corinthians também”, comentou o mandatário.

Fonte: EFuroni Conteúdo Editorial
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações