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Atlético-PR quer recuperar investimento no teto em seis anos

Clube paranaense concluiu a instalação do teto retrátil, inédita na América Latina, considerada uma "proposta maluca"

2 abr 2015 - 16h00
(atualizado às 17h12)
Atlético-PR pretende realizar dois grandes shows por ano na Arena da Baixada
Atlético-PR pretende realizar dois grandes shows por ano na Arena da Baixada
Foto: Guilherme Moreira / PGTM Comunicação - Especial para o Terra

Após muita polêmica, o Atlético-PR apresentou o fechamento completo do teto retrátil na Arena da Baixada nesta quinta-feira. Em evento fechado para a imprensa, o clube paranaense mostrou o funcionamento e quer recuperar o investimento inovador, que ficou fora da Copa do Mundo por veto da Fifa, em seis anos.

Até fechar totalmente, a duração foi de 25 minutos - diferente dos 15min prometidos inicialmente, sendo dois metros por minuto. O valor da obra, iniciada em agosto do ano passado, ainda não tem um desfecho final, pois é esperado que a auditoria Price Waterhouse Coopers e o Tribunal de Contas ainda fechem todo o valor do estádio. O pagamento do clube à empresa espanhola, Lanik, só iniciará a partir de agora.

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Veja fechamento do teto retrátil da Arena do Atlético-PR
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"Não temos finalizado o custo final. Nenhum valor sobre o teto retrátil está concluído, mas acabou ficando aquém do que nós projetamos inicialmente. Tanto que só acertamos o pagamento somente depois de encerrar esse orçamento final pelos órgãos fiscalizadores. Aí que vamos iniciar e buscar condições do pagamento", explica.

Durante os oito meses de instalação, a estrutura virou um problema sério e somente a operação contratada ultrapassou R$ 1 milhão em custo. O presidente atleticano, Mario Celso Petraglia, afirmou que precisa de dois eventos grandes por ano para conseguir bancar todo o investimento até 2021 - e estuda datas para a inauguração oficial. Em dias de jogos, caso chova, a ideia é fechar o teto.

Teto retrátil demora 25 minutos para ter a estrutura fechada
Foto: Guilherme Moreira / PGTM Comunicação - Especial para o Terra

"Se observamos o retorno material, de caixa, em poucos eventos, no máximo 10, 12, teríamos esse retorno. Estou falando de grandes eventos, para 40 mil pessoas aqui dentro. A nossa intenção é ter dois desses por ano. Assim, em cinco ou seis anos, teríamos o retorno do investimento (no teto retrátil)", garante.

Em setembro de 2014, o clube paranaense rompeu exclusividade com a AEG, parceira do clube para gestão não esportiva do complexo e que tinha firmado contrato de 10 anos. A G3 United, localizada em Curitiba, é quem assumiu essa nova função. Mesmo assim, a empresa americana ainda mantém contato e busca grandes shows para o estádio.

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"Estamos aprendendo essa nova atividade de mega eventos para utilizar nesse formato. Nesse momento, temos uma estrutura própria para operar a Arena, que envolve as 40 partidas durante o ano e tudo aquilo que pretendemos usar: eventos pequenos, médios, grandes. Quem quiser utilizar, pode nos procurar. Nosso circo está pronto, agora falta o palhaço", brinca com uma metáfora.

No ano passado, por exemplo, o Atlético-PR perdeu algumas oportunidades. O UFC 179 foi parar no Rio de Janeiro justamente pelo teto retrátil não ter sido instalado. O Shooto Brasil, programado para o início de dezembro, teve que ser cancelado pelos problemas durante a obra. Por fim, o Foo Fighters não se apresentou na Arena pelo alto pedido da diretoria rubro-negra: R$ 1 milhão – sem a cobrança de serviços em contrapartida, o que inviabilizou o acordo. Segundo o site Business Insider, o cachê cobrado pela banda varia de R$ 595 mil a R$ 830 mil.

"Estamos trabalhando e existem vários eventos previstos. Tentamos ano passado e não deu, faltou o tempo necessário. Quando tiver um evento marcado, com a certeza de um grande público, vamos anunciar. Algo desse porte não se programa com menos de quatro, cinco meses. O nosso país ainda não possuía um local deste nível para este fim", finaliza Petraglia.

Custo final da obra do teto retrátil ainda não está definido
Foto: Guilherme Moreira / PGTM Comunicação - Especial para o Terra
"Proposta maluca"

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O projeto de ter o teto retrátil na Arena da Baixada surgiu, diferente do que muitos pensam, de um engenheiro e não do próprio presidente rubro-negro. A construção da estrutura foi idealizada pelo arquiteto Carlos Arcos, que se reuniu com Petraglia e, após alguns rabiscos e argumentos, convenceu o dirigente. Por uma intervenção cirúrgica realizada no Uruguai, o profissional não conseguiu estar presente nesta manhã.

"Nenhuma outra Arena teve essa ousadia ou coragem de realizar um projeto desse. Ele veio com essa proposta, inicialmente maluca, de colocar o teto. E esse momento marcou o diferencial do nosso estádio, com a abertura e fechamos o teto. Um desafio e um orgulho muito grande, pois estamos à frente dos outros", comemora o presidente atleticano.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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