Escritório Federal de Justiça da Suíça confirma nomes dos 7 dirigentes presos

27 mai 2015 - 08h56
(atualizado às 09h00)

O Escritório Federal de Justiça da Suíça confirmou nesta quarta-feira que José Maria Marin está entre os sete dirigentes presos, acusados de envolvimento em esquema de corrupção na Fifa, em lista que ainda conta com o nome do ex-presidente da Conmebol, o uruguaio Eugenio Figueredo.

O único dos brasileiros entre os presos, é descrito em comunicado oficial emitido pelo órgão como integrante presidente da CBF, mas na verdade já deixou o cargo, após eleição de Marco Polo del Nero. Além disso, Marin que deu nome a nova sede da entidade, é membro do comitê organizador do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos, e do Comitê Executivo da Conmebol.

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Marin é advogado e tem 83 anos, além do passado como atleta e da atuação como dirigente esportivo, tendo sido presidente da Federação Paulista de Futebol entre 1982 e 1988 e chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo de 1986, também exerceu cargos públicos.

O paulista, de ascedência espanhola, foi governador do estado de São Paulo entre 1982 e 1983, e ainda foi deputado estadual e vereador da capital paulista.

As prisões de hoje foram realizadas a partir de pedido da promotoria de Nova York, que investiga supostos subornos e comissões desde o início dos anos 90 até a atualidade. Os detidos estavam em um hotel e participaram do Congresso da Fifa, que elegeria, inclusive, o presidente da entidade, até esta sexta-feira.

Dois vice-presidentes da Fifa, o uruguaio Eugenio Figueredo, que dirigiu a Conmebol, e o caimanês Jeffrey Webb, são outros dois dos presos, conforme divulgou o Escritório Federal de Justiça da Suíça, em seu site.

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Os outros quatro componentes da lista de detidos são os presidentes das federações de Venezuela, Rafael Esquivel, Costa Rica, Eduardo Li, e Nicarágua, Julio Rocha, além do britânico Costas Takkas, que é dirigente da Concacaf.

Todos os presos tiveram contas em bancos suíços bloqueadas, com base na legislação americana. Segundo a investigação os acusados estariam implicados na obtenção de subornos no valor de mais de US$ 150 milhões (R$ 470,1 milhões), segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

A justiça não formulou acusações contra o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que é candidato à reeleição da Fifa, tentando emplacar o quinto mandato. A nova vitória do dirigente deverá acontecer até esta sexta-feira, no Congresso da entidade que rege o futebol mundial.

  
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