Dorival rasga elogios a Tite e já enxerga uma mudança no futebol brasileiro

8 out 2017 - 23h24
(atualizado às 23h28)

O Brasil tem a única seleção sul-americana garantida na Copa do Mundo de 2018 até agora e a expectativa pelo o que pode acontecer no Mundial da Rússia já é grande, principalmente depois do fiasco histórico de 2014, quando os comandados de Luiz Felipe Scolari acabaram eliminados diante de uma vexatória goleada por 7 a 1 em pleno estádio Mineirão. O trauma ainda não passou, mas, na opinião de Dorival Júnior, Tite conseguiu resgatar a essência do futebol brasileiro e tem realizado um trabalho diferenciado.

"Acho que começou a mudar, internamente muitas coisas começaram a mudar. Natural que os modelos de gestões dos clubes e da CBF contribuam para esse tipo de situação que vivemos, mas muita coisa, tecnicamente falando, procuramos alterar, e esse fator (de resgaste da seleção) contribuiu muito", analisou o técnico do São Paulo, em entrevista ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta. "Hoje nós temos uma equipe confiável, voltando a representar o futebol brasileiro, como já está acontecendo, já é muito grande", completou.

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Dorival Júnior não acredita que esteja acontecendo uma mudança de estrutura no país ou algo do tipo, mas entende que seu companheiro de profissão, o treinador Tite, tem comandado a Seleção Brasileira de uma forma que até então não era vista por quem passou pelo mesmo cargo nos últimos anos.

"Ele implantou um sistema de trabalho que é muito semelhante ao dia a dia de clube, o Tite e sua comissão técnica estão no dia a dia da CBF. O futebol brasileiro sempre foi tratado como entretenimento, nunca tratamos profissionalmente. Aquilo (7 a 1 na Copa de 2014) foi reflexo de tudo o que vinha acontecendo. A partir do Tite, ele começa a viver aquilo", comentou Dorival. "Ele (Tite) mudou para o Rio, todo dia ele vai para a CBF com sua equipe, como nós fazemos no dia a dia dos clubes. Natural que eles não têm o trabalho dos clubes, porém, é uma atividade que não sessa. Ele não vai lá só para fazer a convocação", elogiou.

Mesmo assim, o técnico são-paulino evita criar grandes expectativas por causa do formato de disputa da Copa do Mundo, onde as seleções se enfrentam em caráter eliminatório a partir das oitavas de final em duelos únicos.

"O modelo de competição de uma Copa do Mundo penaliza, na maioria das vezes, a grande equipe. Nem sempre a melhor equipe vai passar. Em 1982 foi o exemplo principal, mas tivemos em 90, 94… A partir da segunda fase não tem volta", disse, colocando-se na pele de Tite.

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Por fim, Dorival Júnior apontou as seleções que devem chegar ao Mundial da Rússia com força para brigar com o Brasil pela tão sonhada taça.

"A melhor equipe do mundo para mim é a Alemanha, vejo a França em uma crescente, a Espanha sempre, depois de um determinado momento, pelo conceito, terão grandes chances, mas temos seleções que são pragmáticas: Itália. Nem sempre apresenta um grande futebol, mas chega. A Bélgica tem a melhor geração do futebol europeu no momento, tem grandes jogadores, mas eu esperava uma Copa do Mundo da Bélgica melhor já no Brasil", concluiu.

Gazeta Esportiva
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