Desafio e autonomia: Brunoro faz planos ousados no Brasília

1 ago 2015 - 08h41

Primeiro campeão da Copa Verde, o Brasília já sabe que vai enfrentar o Goiás na estreia da Copa Sul-Americana. O time da capital federal tem apenas esse compromisso no calendário do segundo semestre, mas muito chão a percorrer nos próximos anos. Quem lidera essa caminhada é José Carlos Brunoro, executivo designado para levar o Brasília às divisões superiores do futebol brasileiro.

Após uma passagem delicada pelo Palmeiras, Brunoro está de volta ao futebol e encontrou um desafio novo na carreira. O dirigente recebeu a missão de estruturar o Brasília e colocar o time brasiliense de volta ao cenário nacional do futebol.

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José Carlos Brunoro apresenta Omar Feitosa como treinador do Brasília
José Carlos Brunoro apresenta Omar Feitosa como treinador do Brasília
Foto: Brasília Futebol Clube / Divulgação

O objetivo do projeto é colocar o Brasília pelo menos na Série B em seis anos. Para isso, o time alvirrubro precisa começar do zero e subir cada degrau no Brasileiro. O clube não conseguiu vaga para a Série D em 2015, mas vai se estruturar para que essa ascensão comece já no próximo ano.

Contratado pelo presidente Luis Felipe Belmonte para encabeçar o projeto do Brasília, José Carlos Brunoro falou em entrevista ao Terra sobre os motivos que o levaram a aceitar o desafio de trabalhar no Brasília.

Confira os principais pontos da entrevista:

Terra: Você estava no Palmeiras e veio para o Brasília. Qual é o principal objetivo do novo clube?

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Brunoro:

Temos um projeto de em seis anos tentar se aproximar da Série B. A primeira fase desse projeto está na reestruturação de tudo, desde montar um local de treinamento a reestruturação das categorias de base. É planejar para o ano que vem, poderemos fazer isso com um pouquinho de antecedência, porque não temos outra competição além da Sul-Americana. No ano que vem jogaremos o Brasiliense, a Copa Verde e a

Copa do Brasil

. A gente quer montar uma equipe competitiva, principalmente, para disputar o Brasiliense para chegar à Série D. O principal objetivo a curto prazo é esse. Estamos com esse desafio e está sendo muito bom.

Terra: O que te atraiu com relação a investimento para que esse projeto possa ser viável?

Brunoro:

Em primeiro lugar, o Brasília tem um dono que mora na Inglaterra, o doutor Luis Felipe Belmonte, ele é o mantenedor do clube. Ele me convidou para reestruturar tudo isso. O que me motivou, além dessa parte de poder fazer um projeto novo em uma cidade nova, na capital do país, acho muito legal é a autonomia que você tem para montar o projeto, para poder fazer as coisas com a experiência que a gente tem. Acho que isso é muito motivador mesmo.

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Terra: Você acha que o Brasília tem a possibilidade de movimentar o futebol local, de fortalecer os outros clubes também?

Brunoro:

Acho que tem. O fato de ser um clube de 40 anos, em uma cidade jovem, acho que a gente consegue porque tem uma geração de brasilienses que gostam de Brasília, que amam Brasília. Queremos nos apegar a esse público jovem, crescer com esse amor à cidade, a um time do Distrito Federal. Tem tudo para ser uma nova força, por tudo aquilo que o presidente está pensando, por aquilo que estamos estruturando tem tudo para isso.

Brasília antes de amistoso contra o Vila Nova
Foto: Felipe Costa/Ponto Marketing Esportivo / Divulgação

Terra: O Brasília tem dois jogos garantidos na Sul-Americana. É muito difícil trabalhar um elenco nessas condições?

Brunoro:

É muito difícil. A gente também classificou a equipe juniores para a Copa São Paulo, já tem isso também para o segundo semestre. Mas é difícil trazer um jogador para ficar três meses sabendo que depois não tem outra competição. É difícil convencer os jogadores, então estamos trabalhando com a maioria lá da cidade, alguns atletas que a gente pode trazer de fora, mas sem muito nome. Tenho visto alguns jogos do

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Goiás

e não merecia estar na zona do rebaixamento, pois está jogando bem mesmo. Vamos fazer o que dá para fazer, a partir do ano que vem poderemos “nos achar” um pouquinho mais.

Terra: Você saiu de um ambiente de pressão no Palmeiras. Como tem sido essa mudança de ares?

São dois tipos de pressão, uma de massa e outra interna minha mesmo, pois quero fazer a coisa crescer. Sempre trabalhei a nível de pressão, não sei trabalhar diferente. É diferente nesse aspecto, é mais tranquilo. Mas a cobrança nas proporções são iguais.

Fonte: MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra
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