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Peladeiros moradores de comunidades afetadas por remoções para a realização de grandes eventos participaram da Copa Popular contra as Remoções, na Gamboa, zona portuária da cidade
Foto: Mauro Pimentel
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Integrantes do movimento prometem, no entanto, ir às ruas durante a competição, a exemplo do que aconteceu na sexta-feira em São Paulo, e vem ocorrendo em Brasília
Foto: Mauro Pimentel
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Torneio teve jogos de futebol feminino
Foto: Mauro Pimentel
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A intenção da Copa é aproximar os moradores dessas comunidades, e alertar para o que classificou como uma série de "violação dos direitos", especialmente os relativos à moradia
Foto: Mauro Pimentel
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O movimento calcula que, em todo o Brasil, 250 mil pessoas tenham sido removidas para dar espaço a obras relativas à Copa do Mundo, no ano que vem, e a Olimpíada, em 2016
Foto: Mauro Pimentel
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Somente no Rio, esse número é de, pelo menos, 40 mil pessoas
Foto: Mauro Pimentel
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O movimento alega que a retirada os moradores serve para atender ao interesse privado, especialmente o imobiliário
Foto: Mauro Pimentel
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Muitas das casas removidas darão lugar, no futuro, a conjuntos residenciais, acusa Altair Antunes Guimarães, representante dos moradores da Vila Autódromo, comunidade localizada ao lado do antigo autódromo de Jacarepaguá
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Ao todo, 540 famílias vivem próximo ao autódromo, onde será instalada o Parque Olímpico para os Jogos de 2016
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Existe um projeto de ampliação do Jardim Botânico, que na visão dos rganizadores, poderia ser feito sem que se expulsasse qualquer família
Foto: Mauro Pimentel
Enquanto em Brasília, local da abertura da Copa das Confederações, o protesto contra o uso de dinheiro público para a construção de estádios tem ânimos exaltados, no Rio de Janeiro a manifestação foi diferente, e sem qualquer sinal de confusão.
Peladeiros moradores de comunidades afetadas por remoções para a realização de grandes eventos participaram da Copa Popular contra as Remoções, na Gamboa, zona portuária da cidade. Integrantes do movimento prometem, no entanto, ir às ruas durante a competição, a exemplo do que aconteceu na sexta-feira em São Paulo, e vem ocorrendo em Brasília.
Confira todos os vídeos da Copa das Confederações
Organizador do movimento, Renato Cosentino comentou o crescimento dos movimentos de protestos nas ruas de todo ao País. Segundo ele, esse processo já era esperado, diante da revolta que o brasileiro vinha demonstrando nas redes sociais. "Isso iria acontecer. Serviços essenciais, como o transporte, estão tendo aumentos acima da inflação. Ao mesmo tempo, a qualidade desses serviços fica estagnada", declarou.
Ele explicou que a intenção da Copa é aproximar os moradores dessas comunidades, e alertar para o que classificou como uma série de "violação dos direitos", especialmente os relativos à moradia. O movimento calcula que, em todo o Brasil, 250 mil pessoas tenham sido removidas para dar espaço a obras relativas à Copa do Mundo, no ano que vem, e a Olimpíada, em 2016. Somente no Rio, esse número é de, pelo menos, 40 mil pessoas. "Acreditamos que tem muito mais do que esse número. A secretaria de Habitação não fornece os dados. Sinal de que não tem coisa boa", afirmou.
O movimento alega que a retirada os moradores serve para atender ao interesse privado, especialmente o imobiliário. Muitas das casas removidas darão lugar, no futuro, a conjuntos residenciais, acusa Altair Antunes Guimarães, representante dos moradores da Vila Autódromo, comunidade localizada ao lado do antigo autódromo de Jacarepaguá. Morador dali há 18 anos, ele já passou por outros dois processos de remoção, e sustenta que, mesmo que seja oferecida uma indenização vantajosa, não quer deixar sua casa.
Veja relato de manifestante no estádio do jogo do Brasil
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"Tenho que ter o direito de escolher o lugar onde viver. Não é a prefeitura que tem que definir isso. Eles podem me oferecer um palacete, mas quero ficar na casa que construí com meu suor", observou.
Apesar de a prefeitura já ter mencionado que os moradores da Vila Autódromo estão em situação irregular, Guimarães garante que tem a concessão do terreno doada pelo governo estadual. Ao todo, 540 famílias vivem próximo ao autódromo, onde será instalada o Parque Olímpico para os Jogos de 2016.
"Essa remoção se deve à especulação imobiliária. Serão erguidos prédios ali construídos por empreiteiras. Não há mais espaço na cidade, e hoje, a menina dos olhos das construtoras é a área da Barra e Jacarepaguá", comentou.
Os irmão Luiz Cláudio Barbosa Alves, 30, e João Paulo Barbosa Alves, 19, não correm o risco de ter as casas removidas, mas integram o movimento que quer impedir a remoção de 522 famílias da comunidade do Horto, ao lado do Jardim Botânico, na zona sul da cidade. Segundo eles, a especulação imobiliária também é pano de fundo para a questão. Existe um projeto de ampliação do Jardim Botânico, que na visão deles, poderia ser feito sem que se expulsasse qualquer família.
"Tem gente que mora lá há mais de 50 anos. Eles ajudaram a construir o Jardim Botânico, e foram levados para lá para isso. E fizeram o Horto. Moramos ali, nossas raízes estão ali, não é uma questão financeira", comentou Luiz Cláudio. Eles moram uma parte do Horto que não é alvo da disputa.
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Menina ficou ensanguentada durante o protesto
Foto: Celso Paiva
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Polícia prende alguns manifestantes nos arredores do Estádio Mané Garrincha
Foto: Celso Paiva
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Manifestantes são detidos pela polícia
Foto: Celso Paiva
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Mulher recebe atendimento após o ferimento na cabeça. Manifestação contra o dinheiro gasto com a Copa do Mundo foi realizada em Brasília
Foto: Celso Paiva
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Manifestantes protestaram contra o investimento na Copa das Confederações. Muitos levaram cartazes pedindo mais investimentos em hospitais e educação
Foto: Celso Paiva
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Antes mesmo da abertura da Copa das Confererações, neste sábado, houve corre-corre e protestos na frente do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília
Foto: Rodrigo Villalba
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O clima esquentou entre os manifestantes e policiais; um dos cartazes dizia "eles querem nos silenciar", em inglês
Foto: AFP
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A Tropa de Choque da Polícia Militar se manteve ativa
Foto: Getty Images
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A cavalaria se posicionou na frente do estádio para conter os manifestantes
Foto: Getty Images
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Policiais, pilotando motos, perseguiram os manifestantes
Foto: Rodrigo Villalba
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As frases fazendo menção à educação no País foram frequentes
Foto: Getty Images
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Neste sábado, cerca de 2 mil pessoas se reuniram na frente do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para protestar contra a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014
Foto: Ricardo Matsukawa
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A Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada, embora as manifestações tenham sido pacíficas
Foto: Ricardo Matsukawa
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As ações coincidem com a data de estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confereções
Foto: Ricardo Matsukawa
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A equipe entra em campo contra o Japão às 16h
Foto: Ricardo Matsukawa
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"Põe na conta da Fifa", dizia um dos cartazes
Foto: Ricardo Matsukawa
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Manifestante se cobriu com a bandeira nacional e ofereceu flor ao bloqueio do Choque
Foto: EFE
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Manifestação ocorreu horas antes de Brasil x Japão, jogo que inaugura a Copa das Confederações
Foto: EFE
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"Se a robalheira não parar, o Brasil vai parar", dizia uma faixa
Foto: Ricardo Matsukawa
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Os manifestantes se definem como os "novos caras pintadas"
Foto: Ricardo Matsukawa
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Manifestante oferece flor aos policiais
Foto: Ricardo Matsukawa
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Eles também se mostraram solidários aos protestos que acontecem na capital paulista, contra as novas tarifas no transporte
Foto: Ricardo Matsukawa
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Com a cara pintada, manifestante faz bolinhas de sabão
Foto: Ricardo Matsukawa
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A bandeira do Brasil aparece pintada com palavras como "repressão" e "PEC 37"
Foto: Ricardo Matsukawa
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Cavalaria também foi acionada para conter os protestos
Foto: Celso Junior
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Em cartaz, manifestante usa verso do Hino Nacional para protestar
Foto: Celso Junior
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Os policiais estiveram ativos, mas não houve grandes confrontos
Foto: Ricardo Matsukawa
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Algumas pessoas apareceram usando máscaras
Foto: Ricardo Matsukawa
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Um dos manifestantes improvisou uma máscara caseira
Foto: Ricardo Matsukawa
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O protesto começou antes mesmo da abertura do evento
Foto: Ricardo Matsukawa
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A Tropa de Choque da Polícia Militar entrou em ação na porta do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para tentar barrar cerca de 300 manifestantes que protestam contra a Copa do Mundo de 2014 na manhã deste sábado, data de estreia da Seleção Brasileira na Copa das Confederações
Foto: Ricardo Matsukawa
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O movimento "Copa pra quê?" vem ganhando força no entorno dos estádios que sediam a Copa das Conferações
Foto: Ricardo Matsukawa
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Os manifestantes questionam os investimentos feitos em função da Copa das Confederações e da Copa do Mundo 2014
Foto: Ricardo Matsukawa
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Manifestante faz menção aos protetos na capital paulista contra o aumento do valor da tarifa de ônibus
Foto: Fábio de Mello Castanho
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Os integrantes da ação questionam a ausência de investimento em saúde e educação
Foto: Terra
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Manifestante segura cartaz com apoio aos ativistas da cidade de São Paulo, que convive com protestos nas últimas semanas contra o aumento das tarifas de metrô e ônibus
Foto: Terra
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Tropa de Choque da Polícia Militar chegou a usar bala de borracha para dispersar os manifestantes
Foto: Terra
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Manifestantes saíram da Esplanada e se dirigiram ao Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha)
Foto: Terra
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Na manhã deste sábado, cerca de 2 mil jovens realizaram um protesto em Brasília
Foto: Dassler Marques
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A ação é liderada pelo grupo "Copa pra quem?" e por outro grupo que pretende repercutir as manifestações que vêm ocorrendo em São Paulo
Foto: Dassler Marques
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A princípio, o grupo se organizou via redes sociais; ele iniciaram uma caminhada pela avenida Eixo Monumental, que corta a cidade de leste a oeste
Foto: Dassler Marques
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Na última sexta-feira, também ocorram protestos contra os custos com a Copa do Mundo
Foto: Dassler Marques
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O primeiro jogo do campeonato acontece neste sábado, às 16h, com a partida entre Brasil e Japão no Estádio Nacional Mané Garrincha
Foto: Dassler Marques
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Manifestantes seguravam faixas com frases do como: "Copa do Mundo eu abro mão. Quero dinheiro para saúde e educação"
Foto: Dassler Marques
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Além disso, panfletos com logos do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) eram distribuídos pelo movimento
Foto: Dassler Marques
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A manifestação é pacífica, mas a Polícia Militar acompanha a ação
Foto: Dassler Marques
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Segundo os organizadores, o custo da reforma do estádio foi todo bancado pelo governo do Distrito Federal; de acordo com relatório do deputado federal Romário, os gastos superaram R$ 1,2 bilhão
Foto: Dassler Marques
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Partipantes reivindicam mais investimentos em saúde e educação: "aqui tudo é copa"
Foto: Diogo Alcântara
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Manifestante utiliza máscara durante o protesto em Brasília
Foto: Reuters
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Durante a manifestação, pessoas protestaram contra o dinheiro gasto nos estádios
Foto: Agência Brasil
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Mulheres levaram cartaz em inglês afirmando que o País não precisa da Copa do Mundo, mas sim de hospitais e educação
Foto: Agência Brasil
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Cavalaria passa entre os manifestantes
Foto: Reuters
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Este policial aceitou uma flor entregue por um manifestante. Durante os protestos algumas pessoas levam flores para simbolizar a paz
Foto: Agência Brasil
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Manifestante tenta entregar rosa, mas policial recusa
Foto: AFP
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Mulher ironiza e diz que os filhos doentes terão de ser levados aos estádios
Foto: Agência Brasil
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Larissa Souza foi baleada na perna com um projétil de borracha durante as manifestações
Foto: Diogo Alcântara
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O governo do Distrito Federal divulgou uma nota afirmando que a segurança de todo Estado estará "garantida" durante a competição
Foto: Rodrigo Araujo
Fonte: Terra