Tietada pela imprensa, Colômbia diz não ter medo do Brasil

Atitude "ofensiva" de repórteres e cinegrafistas colombianos em busca de fotos e autógrafos causou surpresa no final da entrevista coletiva de dois jogadores da seleção

30 jun 2014 - 16h48
(atualizado às 18h25)
Jornalista exibe com orgulho um autógrafo conseguido na entrevista coletiva
Jornalista exibe com orgulho um autógrafo conseguido na entrevista coletiva
Foto: Janaina Garcia / Terra

A euforia pela classificação às quartas de final parece ter tomado conta  não só da seleção da Colômbia, mas também de parte da imprensa do país que acompanha o time na Copa do Mundo de 2014. Nesta segunda-feira, no CT do São Paulo, em Cotia (Grande SP), nem bem a entrevista concedida pelos zagueiros Adrián Ramos e Carlos Alberto Sanchez foi encerrada, e uma inusitada corrida de repórteres e cinegrafistas investiu sobre os jogadores em busca de autógrafos e fotos com eles.

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A atitude "ofensiva" da imprensa é parecida com a tática de jogo da equipe treinada desde 2012 pelo argentino José Pékerman - característica que historicamente era da Seleção Brasileira, mas que, na atual Copa, tem surpreendido mais pelos colombianos do que pelos brasileiros.

Jogadores sofreram assédio dos "fãs-jornalistas"
Foto: Janaina Garcia / Terra

Indagados se manteriam o padrão ofensivo ou se, diante do time que conta com o atacante Neymar, priorizariam a defesa, os jogadores se mostraram confiantes.

“Neymar é uma estrela no mundo, mas eu acho que seria falta de respeito falar somente dele, sendo que a Seleção do Brasil tem muitas estrelas. Vou marcar todos que forem necessários, mas vai ser uma luta contra todo o time, não só o Neymar”, disse Ramos, que completou: “é necessário comungar com essa ideia de que o que já fizemos trouxe resultados, e a Seleção está aqui para continuar da maneira que vem jogando - e espero que as coisas aconteçam assim”, disse. “Cada jogo é diferente, as situações são diferentes, devemos ter precauções, mas ratificar o que estamos fazendo”, completou Sanchez.

Abordados pelos jornalistas sobre as fragilidades no meio de campo brasileiro e mesmo sobre a suposta instabilidade emocional dos jogadores do técnico Luiz Felipe Scolari, os colombianos evitaram polemizar.

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“O Brasil não tem feito o melhor jogo que todos esperávamos, mas cada jogo tem a sua peculiaridade, e o Brasil é uma seleção enorme, com jogadores excelentes em todas as suas linhas”, disse Sanchez, que completou: “Não temos medo, mas respeito”.

Sanchez é apontado pela Federação Colombiana de Futebol e pela crítica como um dos maiores marcadores do atacante argentino Lionel Messi na Copa América de 2011. Atualmente, joga pelo Elche FC, da Espanha. O colega de equipe e companheiro de entrevista nesta segunda atua pelo Hertha, da Alemanha. A maioria dos jogadores colombianos, aliás, joga atualmente na Europa.

Carlos Alberto Sanchez disse que Brasil tem jogado abaixo do esperado
Foto: Alan Morici / Terra

O destaque da equipe e artilheiro da Copa é o atacante James Rodríguez, com cinco gols no Mundial. O sucesso do companheiro, entretanto, foi atribuído por Ramos e Sanchez ao conjunto. “James está fazendo uma Copa magnífica, mas isso se deve ao time - ele se sente alegre, confortável, e, depois do que se passou com o jogador do Brasil (Luiz Gustavo, que não joga por estar suspenso), temos as nossas armas e eles também devem se preocupar conosco", declarou Ramos.

Conforme a dupla colombiana, nos próximos dias o grupo também assistirá aos jogos do Brasil na Copa - contra Croácia, México e Camarões, na primeira fase, e Chile, nas oitavas  - para “estudar os erros" do adversário.

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O jogo contra o Brasil será na Arena Castelão, em Fortaleza, às 17h (de Brasília) de sexta-feira. O time viaja à tarde para a capital cearense. De manhã, Pékerman realiza um treino a partir das 9h.

Fonte: Terra
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