Metrô de São Paulo declara greve a partir desta quinta-feira

4 jun 2014 - 20h53
(atualizado às 21h24)

Funcionários do metrô de São Paulo decidiram, em assembleia realizada na noite desta quarta-feira, entrar em greve por tempo indeterminado a partir do primeiro minuto de quinta-feira - informou um porta-voz do sindicato dos metroviários à AFP.

A greve, que afetará cerca de 4,5 milhões de usuários, foi decidida após o fracasso nas negociações por um aumento salarial de 16,5%.

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Aprovada por unanimidade, a paralisação ocorre a uma semana do início da Copa do Mundo, cuja partida inaugural será jogada no estádio Itaquerão.

Uma liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 70% dos metroviários trabalhem durante a greve.

A categoria deverá fazer uma nova assembleia nesta quinta-feira, para avaliar a decisão do TRT.

Em razão da paralisação, a prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de carros vigente na cidade.

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Com cerca de 10 mil funcionários, o metrô de São Paulo é a principal forma de acesso ao estádio de abertura do Mundial. Nenhuma das linhas do metrô irá operar e as estações permanecerão fechadas.

O sindicato da categoria rejeitou a proposta de aumento de 8,7% feita pelo Metrô-SP e informou que os metroviários não voltarão ao trabalho até que seja apresentada uma contra-proposta de pelo menos 10% de aumento.

"Se existe dinheiro para o Itaquerão e a Copa, como eles não têm dinheiro para o transporte público?" - questionou o presidente do sindicato, Altino Melo Prazeres.

Os metroviários de São Paulo estavam em "estado de greve" desde a semana passada.

Cerca de 400 policiais militares aposentados e seus familiares protestavam por melhores aposentadorias do lado de fora do Itaquerão, onde, no próximo dia 12 de junho, Brasil e Croácia se enfrentarão.

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