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CEO ligado a máfia de ingressos segue trabalho para a Fifa

Raymond Whelan, CEO da Match, empresa associada à Fifa e que trabalha com venda de pacotes e reserva de hotéis para a Copa, foi preso na tarde dessa segunda, 7, e solto poucas horas depois, na madrugada desta terça, 8

8 jul 2014 - 12h57
(atualizado às 17h19)
O CEO da Match, Raymond Whelan, chega à delegacia no Rio de Janeiro após prisão no Copacabana Palace por suspeita de comandar esquema internacional de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo
O CEO da Match, Raymond Whelan, chega à delegacia no Rio de Janeiro após prisão no Copacabana Palace por suspeita de comandar esquema internacional de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo
Foto: Tasso Marcelo / AFP

Poucas horas depois de ser liberado da prisão por conta de um habeas corpus concedido pela Justiça do Rio, o funcionário da Match Services, Ray Whelam, que presta serviços à Fifa, vai continuar trabalhando normalmente em suas funções. A empresa confirmou que vai continuar colaborando nas investigações e disse ter certeza de sua inocência. A Fifa, por sua vez, diz que nada pode fazer para afastar Whelam de suas funções. “Nada podemos fazer. Ele não é funcionário da Fifa”, disse Délia Fischer, porta-voz da entidade, esta manhã.

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A Fifa não parece preocupada com a imagem dela em toda essa situação. “Estamos trabalhando em conjunto com a polícia. Há muita confusão nas informações. Ray Whelam trabalha no braço de acomodação da Match Service e nada tem a ver com Phillipe Blatter, sobrinho do presidente”, afirmou. Phillipe, além de sobrinho de Joseph Blatter, presidente da Fifa, é CEO da empresa Infront Sports e Media, que detém 5% da Match Hospitality, à qual a Match Services é ligada. “Talvez ainda hoje as autoridades tenham mais informações”, afirmou. Em nota oficial em seu site, a Infront negou qualquer relação com os envolvidos na operação Jules Rimet, da polícia carioca, afirmando ser uma acionista minoritária da holding da empresa.  

Entenda caso de crime envolvendo revenda de ingressos da Copa
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Whelan vai seguir trabalhando e hospedado no mesmo hotel do presidente da Fifa, Joseph Blatter. Inclusive poderá coincidir com ele no café da manhã. Mas para a Fifa isso é considerado um fato normal, já que ele é apenas suspeito de integrar uma quadrilha internacional de revenda de ingressos. 

Apesar de ter sido pego com 84 ingressos em seu quarto, Ray Whelam não trabalha diretamente com entradas. Ele trabalha na reserva de hotéis para quem compra o pacote negociado pela parte de tickes da empresa. “Não sabemos que ingressos eram esses 84 ingressos que estavam com ele. Estamos levando a sério violações por parte deles. E eles vão emitir um relatório hoje e vamos tomar as medidas adequadas. Ele é um suspeito. Vamos saber de onde são esses ingressos, de onde foram tirados”, disse Délia, afirmando que a Fifa vai avaliar a possibilidade de retirar a credencial de Whelan, mesmo sabendo que isso teria pouca influência nas atividades do suspeito.

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A Match Hospitality tem contrato com a Fifa até 2023, mas Délia admite que isso pode ser revisto. “No fim vamos ver que tipo de infrações eles incorreram e veremos o que vai ser feito. Vamos dar uma resposta oportunamente”, disse. Délia rebateu as informações da polícia de que Whelam teria um celular da Fifa. “Ele tem um celular de serviço, como têm outros prestadores de serviços. É um telefone oferecido por um patrocinador para que as pessoas possam se comunicar.

Délia Fischer revelou ainda que existem outras operações contra venda de ingressos em andamento no Brasil e no exterior, mas não soube dizer quando e quantos ingressos poderão ser colocados à disposição do público. Os mais de 200 ingressos apreendidos com o argelino Lamine Fofana continuam sob inspeção das autoridades da Fifa e ainda não foram recolocados à venda. A Fifa se gaba de ter vendido, este ano, cerca de 2,4 milhões de ingressos diretamente ao público pelo site da Fifa, contra 1,3 milhão da África do Sul.

Fonte: Terra
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