Valdivia aparece, corre na chuva e não trabalha com bola

7 jul 2015 - 17h12
(atualizado às 17h52)

O jogador mais caro do elenco está de volta ao Palmeiras. Mas sem tocar na bola. Com contrato até 17 de agosto, Valdivia atendeu a exigência da diretoria e se reapresentou na tarde desta terça-feira, na primeira aparição na Academia de Futebol desde o título da Copa América, e enfrentou chuva para trabalhar fisicamente sozinho.

O meia, que já foi anunciado como reforço do Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, foi à sala de musculação com os titulares e, pouco depois, foi ao gramado correr protegido por um gorro do clube, sem a supervisão de nenhum profissional do clube. Encarou a chuva que cai em São Paulo.

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Valdivia deu voltas ao redor do campo da Academia de Futebol
Valdivia deu voltas ao redor do campo da Academia de Futebol
Foto: Leandro Martins / FramePhoto

A leve atividade no campo, porém, durou poucos minutos. O chileno logo voltou às dependências internas do centro de treinamento. Dificilmente estará à disposição para enfrentar o Avaí, nesta quarta-feira, embora tenha participado normalmente de todos os seis jogos da Copa América no último mês, em sequência que não teve neste ano vestindo a camisa alviverde.

A exigência da reapresentação do camisa 10 nesta terça é uma medida bem distinta à adotada com Lucas Barrios. O atacante defendeu o Paraguai na Copa América até sexta e recebeu uma semana de descanso, já que não tem férias há mais de um ano porque estava no Montpellier, da França. Diferentemente de Valdivia, que voltou de descanso em janeiro e, por lesão muscular, só estreou em abril.

A diferença entre ambos esteve também no tratamento durante a Copa América: o diretor de futebol Alexandre Mattos foi ao Chile acertar com Barrios e não se encontrou com Valdivia. O clube não se manifesta oficialmente, mas espera iniciar os trâmites definitivos da saída. O técnico Marcelo Oliveira já foi informado de que não deveria contar com o meia, que impôs dificuldades para renovar sob drástica redução salarial.

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O meio-campista defendeu o Palmeiras pela última vez em 31 de maio, quando admitiu que a vitória sobre o Corinthians, naquele dia, deveria ter sido a despedida. Depois, ficou a serviço da seleção chilena e, durante a campanha do título na Copa América, encaminhou acordo com o Al Wahda.

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O clube árabe informou que deve esperar o fim do contrato de Valdivia com o Palmeiras para realizar exames médicos e assinar com o chileno, mas o clube alviverde está disposto a entrar em acordo para liberá-lo mais cedo. Embora não descarte publicamente até uma improvável renovação.

O jogador sempre impôs dificuldades para renovar: não aceita o modelo de produtividade (salário maior de acordo com a frequência em campo) imposto pelo presidente Paulo Nobre, já criticou publicamente Alexandre Mattos e não gostou da primeira oferta da diretoria (cerca de 25% do salário atual como valor fixo e aproximadamente metade do que ganha atualmente se atuar em todos os jogos do mês). A postura de Valdivia, que mais desfalcou o time do que jogou em cinco anos de contrato, virou argumento para que não siga no clube.

Meia chileno tem contrato com o Palmeiras até 17 de agosto
Foto: Leandro Martins / FramePhoto
Gazeta Esportiva
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