Flamengo encara o PSG para finalizar ano perfeito

Com seis títulos conquistados em 2025, Fla pode vencer Intercontinental e dar ao seu povo o que ele tanto pede: o mundo de novo

17 dez 2025 - 07h40
Até aqui, ponto alto do ano do Flamengo foi a conquista da Libertadores –
Até aqui, ponto alto do ano do Flamengo foi a conquista da Libertadores –
Foto: Gilvan de Souza / Flamengo / Jogada10

O dia 17 de dezembro de 2025 pode ficar na marcado na História mais do que centenária do Flamengo. Pouco mais de um mês depois de completar 130 anos, o Rubro-Negro pode igualar sua principal conquista: o torneio Intercontinental, desta vez organizada pela Fifa. Será na final desta quarta-feira (17/12) contra o PSG (FRA), no Catar, quando os campeões da Libertadores e Liga dos Campeões se enfrentam na grande decisão.

Além de coroar um trabalho que vem de mais de uma década de organização, a possível conquista celebraria uma temporada praticamente perfeita para o clube da Gávea. Afinal, seria o incrível sétimo troféu apenas em 2025. Seria também o nono de Filipe Luís em somente 14 meses do seu primeiro trabalho como técnico profissional. Relembre com o Jogada10, então, como foi o ano já histórico (com ou sem título Intercontinental) do Mais Querido.

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Até aqui, ponto alto do ano do Flamengo foi a conquista da Libertadores –
Foto: Gilvan de Souza / Flamengo / Jogada10

2025 já começa histórico

Janeiro foi aquele mês de habituação, com o Flamengo levando um time alternativo e jovem para as primeiras rodadas do Carioca, algo já costumeiro pelos lados da Gávea. Assim, a estreia dos titulares foi apenas na quinta rodada da Taça Guanabara, quando o Fla venceu o Volta Redonda por 2 a 0, gols de Michael e Plata.

Já no terceiro compromisso do time principal - o primeiro do mês de fevereiro -, a primeira conquista do ano. Jogando contra o rival Botafogo, com quem protagonizou grandes embates nos últimos anos, o Flamengo se mostrou superior, vencendo por 3 a 1 em jogo histórico no Mangueirão, em Belém do Pará. Bruno Henrique dava mostras de que seguia afiado para clássicos e partidas grandes, anotando dois gols contra uma de suas maiores vítimas.

Bruno Henrique comemora um de seus gols contra o Botafogo, na Supercopa –
Foto: Gilvan de Souza / CRF / Jogada10

A temporada seguiu com novos jogos do Carioca, com o Flamengo vencendo o Vasco na semifinal e o Fluminense na grande decisão. O título só não foi invicto por conta das duas derrotas para Boavista e Nova Iguaçu com o time alternativo nas rodadas iniciais. Pouco depois de finalizar o Carioca com o segundo troféu consecutivo do estadual, o Flamengo se voltou para Brasileirão e Libertadores.

Com presença de Zico, Flamengo conquista o 39º estadual de sua História –
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo / Jogada10

Pela liga nacional, estreou sete dias depois de empatar com o Fluminense (0 a 0) e faturar o 39º estadual, empatando em 1 a 1 com o Inter, no Maracanã. Quatro dias mais tarde, debutou na Liberta vencendo o Táchira (VEN), por 1 a 0. A estreia na Copa do Brasil, por sua vez, se deu no primeiro dia de maio, com vitória também por 1 a 0 sobre o Botafogo-PB.

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Chega o Mundial de Clubes

Em junho, o Flamengo estreou na primeira edição da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, torneio que reunia 32 dos melhores times do planeta. Apesar de ser sorteado com o Chelsea (ING), uma das equipes mais fortes, o Fla não se deu por vencido. Saiu atrás no jogo contra os ingleses, mas demonstrou força ao virar para 3 a 1, com uma vitória contundente.

Bruno Henrique fazendo gol importante contra o Chelsea? Temos! –
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo / Jogada10

No entanto, o esforço de terminar em primeiro no grupo custou caro, visto que o Bayern de Munique (ALE), contrariando a lógica, terminou em segundo na sua chave, forçando o duelo contra um dos favoritos logo nas oitavas de final. Dessa forma, não deu para o Rubro-Negro. Afinal, Harry Kane, inspirado, marcou duas vezes, em vitória por 4 a 2 dos Bávaros, com o Mengão dando adeus mais cedo. Tal revés seguiria reverberando muito por conta de uma eliminação até certo ponto inesperada.

Eliminação custa caro e traz sequelas

Afinal, atual campeão da Copa do Brasil, o Flamengo caiu diante do Atlético-MG nas oitavas de final, mesmo após reverter uma derrota no Maracanã com vitória na Arena MRV. Nos pênaltis, porém, o Galo Mineiro avançou às quartas. Mas o time de Filipe Luís foi resiliente e não largou o osso.

Dessa forma, cresceu na Libertadores e no Brasileirão, emplacando sequência de 11 jogos sem perder, incluindo oito vitórias no recorte (sendo uma por 8 a 0 sobre o Vitória). Neste período, eliminou o Inter na Liberta e se deparou contra o Estudiantes (ARG) nas quartas de final, vencendo na ida e perdendo na volta. Desta vez, os pênaltis foram amigos, com Rossi catando duas cobranças e garantindo o Fla em mais uma semifinal.

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Tropeços, mas vaga garantida

Depois dessa passagem, vieram tropeços inesperados contra Cruzeiro (0 a 0), no Maracanã, Bahia (1 a 0), na Arena Fonte Nova, e Fortaleza (1 a 0), na Arena Castelão. Claro que com vitórias importantes no meio do caminho, como o 3 a 0 imponente sobre o Botafogo em pleno Nilton Santos e um 3 a 2 contra o Palmeiras numa "final antecipada" de Brasileirão. Além disso, deu passo importante na semifinal da Libertadores ao vencer o Racing (ARG) por 1 a 0, no Maraca.

Na volta, no jogo subsequente à derrota para o Fortaleza, o Flamengo não jogou bem, mas conseguiu segurar um importante 0 a 0 no temido Cilindro de Avellaneda, em Buenos Aires, calando 55 mil torcedores argentinos e carimbando vaga na final contra o Palmeiras, maior rival desta empreitada que já perdura desde 2013.

Flamengo supera expulsão de Plata para calar o Cilindro contra o Racing –
Foto: Marcelo Endelli/Getty Images / Jogada10

Dessa forma, apesar do tropeço por 2 a 1 para o Fluminense, também no Maracanã, o Fla conquistou vitórias importantes, ultrapassando o próprio Palmeiras na corrida pelo título brasileiro. Assim, chegou em Lima para a final da Libertadores quase campeão nacional, precisando apenas vencer o Ceará no primeiro compromisso após a decisão contra o Verdão.

Dobradinha histórica para o Flamengo

Dito e feito. Além de vencer o time de Abel Ferreira no Monumental de Lima, por 1 a 0, graças a gol de Danilo, sendo o primeiro brasileiro tetracampeão da Libertadores, o Flamengo fez o dever de casa no retorno ao RJ e bateu o Ceará por 1 a 0, conquistando outro título em questão de quatro dias. Assim, não perca a conta: já eram quatro conquistas, incluindo Carioca, Supercopa do Brasil, Libertadores e Brasileirão.

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Você piscou, e o Flamengo levantou mais um troféu em 2025 –
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo / Jogada10

Por fim, o time viajou à Doha, no Catar, sendo um dos principais brasileiros que poderiam voltar a erguer o Intercontinental, encerrando um jejum que já dura 13 anos para sul-americanos. Passou pelo Cruz Azul (MEX), conquistando o Derby das Américas (quinto título), e pelo Pyramids (EGI), vencendo a Copa Challenger (sexto título). Dessa forma, apesar de chegar como "zebra" para o confronto contra o PSG, o clima é de otimismo por uma conquista intercontinental.

A única vez que o Mais Querido o fez foi em 1981, graças à histórica geração de Zico. Na ocasião, após vencer sua primeira Libertadores, o Flamengo foi a Tóquio e derrotou o Liverpool (ING) por 3 a 0, não dando chance e colocando os ingleses na roda. E agora, nesta quarta: será que o Flamengo dará o que seu povo tanto pede?

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