'Deixei de ser goleiro para ser o jogador que foi chamado de macaco', desabafa Aranha

Programa 'Estação livre' debate, na TV Cultura, ações de racismo dentro do esporte com o ex-goleiro Aranha, de Santos, Palmeiras, Atlético-MG e Ponte Preta

10 jun 2021 - 13h44

O Estação Livre desta sexta-feira recebe o ex-goleiro Aranha para falar sobre racismo no esporte. O programa inédito, apresentado por Cris Guterres, também aborda o preconceito dento do universo do futebol feminino. Para falar sobre o tema, a atração conta ainda com a presença de Adilson Moreira, que é doutor em Direito Constitucional. A atração vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura.

Aranha defendeu o gol do Santos entre 2011 e 2014 (Foto: Ivan Storti / Santos)
Aranha defendeu o gol do Santos entre 2011 e 2014 (Foto: Ivan Storti / Santos)
Foto: Lance!

Mário Lúcio Duarte Costa, mais conhecido como Aranha, foi considerado o melhor goleiro do Campeonato Paulista em 2008, mas começou treinando em uma escolinha de futebol em sua cidade natal, Pouso Alegre, em Minas Gerais. No programa, ele comenta:

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- Eu praticamente deixei de ser goleiro para ser o "jogador que foi chamado de macaco".

Para falar sobre a discriminação racial nos diferentes esportes populares do Brasil, Cris Guterres conversa com o professor Adilson Moreira, doutor em Direito Constitucional, que conta com um histórico acadêmico que sempre foi voltado para a garantia dos Direitos Humanos e estudos antidiscriminatórios.

- O objetivo fundamental da narrativa da democracia racial é impedir o estabelecimento de qualquer tipo de conexão entre a opressão negra e o privilégio branco - diz Adilson.

A primeira reportagem do programa fala sobre Rogério Clementino, primeiro negro a integrar uma equipe brasileira de hipismo e participar no Adestramento na história das Olimpíadas.

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O Estação Livre segue para os esportes aquáticos e conta a história de Edvaldo Valério e de Etiene Medeiros. Edvaldo, um garoto que cresceu na periferia da capital baiana e foi o primeiro homem negro a ganhar uma medalha da natação brasileira nos Jogos Olímpicos. E Etiene, que começou a nadar para anemizar a asma e que atualmente é recordista mundial dos 50 metros costas em piscina curta tendo alcançado o triunfo em Doha 2014.

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