Prestes a deixar o Cruzeiro, o diretor de futebol Alexandre Mattos ainda tenta resolver as negociações do Cruzeiro com Leandro Damião. A contratação, que parecia certa, acabou dificultada pelo novo presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, que exigiu uma compensação do clube celeste em troca de Damião. Mas Mattos parece disposto a tentar resolver a situação antes de sua saída do clube, no dia 31 de dezembro, para o Palmeiras.
"Conversei agora a pouco com o empresário dele que demonstrou um pouco mais de otimismo e as coisas parecem que podem se resolver. É um desejo do Leandro e do seu empresário", disse em entrevista à Rádio Itatiaia.
"Ontem a situação tinha sido paralisada porque tínhamos um acordo pelo Leandro com o presidente antigo do Santos. Houve uma eleição e entrou uma nova gestão que está dificultando, exigindo algumas coisas que não estavam combinadas, por isso parou", explicou o diretor. Apesar da situação seguir indefinida, Mattos acredita na possibilidade do jogador ser reforço do Cruzeiro para o ano de 2015.
"A conversa que tive (com o empresário) me animou. Acredito que tem uma possibilidade real", disse.
Se as negociações com Leandro Damião continuam, ainda que em ritmo desacelerado, o diretor não garante o mesmo com relação a Fred. Segundo o diretor, o retorno do artilheiro do Brasileiro ao Cruzeiro não seria possível neste momento.
"Há mais de um ano que o Cruzeiro vem tentando o Fred. Fomos mais enfáticos no ano passado, me reuni com ele e com o assessor, o Francis (Melo), na casa do Fred. Era um desejo, ele adora o Cruzeiro, tem uma vontade enorme de voltar, mas o investimento é muito elevado para este momento do Cruzeiro", declarou.
Mattos ressaltou que o clube não poderia arcar com os custos do jogador mesmo que ele tivesse o salário reduzido - algo que Fred já teria sinalizado ser possível.
"Conversei com o assessor dele há alguns dias e foi me dito que o Fred viria para o Cruzeiro em outras situações que para outros clubes ele não iria. Mas mesmo assim, é uma situação que o Cruzeiro, no momento, não tem a capacidade de fazer uma engenharia financeira. Pode ser que em janeiro, fevereiro ou em breve pode acontecer. Porém, no momento está tudo paralisado e não há nenhuma negociação em curso", finalizou Mattos.