Com volta de medalhões, M. Oliveira começa a viver dilema no Cruzeiro

O Cruzeiro iniciou o Campeonato Brasileiro com o grupo forte, com jogadores de renome como Dagoberto, Borges e Diego Souza. A disputa da competição até agora, no entanto, mostrou ao técnico Marcelo Oliveira outra realidade: foi com uma equipe formada por atletas menos badalados, alguns inclusive criticados pelo torcedor, como Luan, que o clube celeste chegou à liderança da competição.

As campanhas antes e depois da Copa das Confederações são bem distintas. Nas primeiras rodadas até a parada para o torneio da Fifa, o Cruzeiro ganhou duas partidas, empatou outras duas e perdeu uma. Nessa época, os celestes contavam com Diego Souza, Dagoberto e Borges como titulares.

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Após o torneio Fifa, o time voltou com desfalques (Dagoberto e Borges contundidos e Diego Souza negociado), mas encontrou forças, se armou taticamente e, dentro de campo, as coisas funcionaram. Foram cinco vitórias, dois empates e duas derrotas.

A atual campanha da equipe no Campeonato Brasileiro é parecida à do time que ganhou tudo que disputou em 2003. Há dez anos, o Cruzeiro comandado por Vanderlei Luxemburgo tinha 28 pontos e liderava a competição nacional.

Mas, agora, jogadores considerados importantes neste momento do Cruzeiro podem voltar para o banco. Com os medalhões retornando e Júlio Baptista ganhando condição de jogo, Luan – que é criticado pelos torcedores, mas elogiado por sua obediência tática pelo treinador –, Vinícius Araújo e Ricardo Goulart podem perder lugar no time.

Sem deixar clara sua posição, Marcelo Oliveira mostrou que pode voltar com os antigos titulares ao time principal. “Vamos definir, o Borges está em um processo de recuperação, temos duas boas opções ali. Tive uma conversa de rotina com ele, a gente conversa em grupo e às vezes também em particular. O Dagoberto e o Júlio também já estão em um estágio bem avançado, fizeram apenas o (treino) dois toques, o recreativo, mas esperamos que na próxima semana ou nos próximos dias possam voltar ao grupo”, avisou.

Apesar de deixar no ar, Marcelo Oliveira elogiou bastante o atacante Luan. “O torcedor tem uma visão própria carregada de paixão e emoção. E, como profissional, a gente tem que ter uma avaliação combinando as coisas, acho que ele é importante taticamente, recompõe bem, tem boa proteção da bola e um bom entrosamento com o Egídio, mas nada que não possa ser substituído”, finalizou.

Enquanto os antigos titulares não estão preparados, os “ex-reservas” ainda podem mostrar mais serviço. O jogo diante do Vitória, neste sábado, no Mineirão, vai servir bem para isso.