Do lado de dentro da Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), os jogadores do Corinthians reclamam do calor que vão enfrentar na disputa com o Vitória, às 19h30 (de Brasília, às 18h30 local), pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Do lado de fora, os torcedores também sofreram em uma fila sob mais de 38º C. A bandeira corintiana virou guarda-sol. Minutos antes de abrir os portões do estádio, não havia torcedores do Vitória.
A professora Cristiane Aparecida Santos, 32 anos, corintiana, levou o filho Micael ao jogo e chegou uma hora e 30 minutos mais cedo para pegar um bom lugar. "Acabou que estamos aqui, debaixo desse sol e nem trouxe protetor", reclama. Pela segunda vez, ela vai à Arena Pantanal para ver o time. Na primeira, não deu muita sorte, já que o Corinthians perdeu por 1 a 0 para o Bragantino, em 27 de agosto, pelas oitavas de finais da Copa do Brasil.
Em seguida, o céu fechou e, conforme as previsões climáticas, uma chuva rápida caiu. Os torcedores protestaram reivindicando a abertura dos portões, que foram liberados com mais de 45 minutos de atraso além do previsto.
A aposentada Antonieta Rodrigues, 70 anos, que é corintiana desde pequena por conta própria, reclamou muito do calor e da demora. Mas, segundo ela, tudo vale para ver a bandeira preta e branca tremular - a da idosa, inclusive, estava presente.
O time do Corinthians chegou à Arena minutos antes das 18h, para delírio da comitiva de quatro amigos que vieram do interior de Mato Grosso, de uma cidade chamada Nova Olímpia, só para ver a disputa. O que eles esperam é que o time entre no G-4. "Mas nesse calor e com esse tempo vai atrapalhar", reclamou o operador de máquinas pesadas Anderson Leão, 24 anos. Já o Vitória vai lutar em campo para sair da zona do rebaixamento
(Foto: Keka Werneck/Especial para Terra)
