Climão! Clube brasileiro cobra o Corinthians através das redes sociais

18 jul 2025 - 14h54

Quando uma cobrança sai dos bastidores e vai direto para o feed de uma rede social, é sinal de que a paciência se esgotou. E foi exatamente isso que o Cuiabá fez nesta quinta-feira (17), ao utilizar o X (antigo Twitter) para lembrar ao Corinthians que o prazo para pagamento de uma dívida de quase R$ 18,5 milhões venceu e nada foi quitado. 

Escudo do Corinthians
Escudo do Corinthians
Foto: Escudo do Corinthians ( Divulgação/ Corinthians) / Gávea News

A postagem, com tom irônico, escancarou a insatisfação do clube mato-grossense com a postura do Timão.

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Ironia nas redes: entenda o recado do Dourado

A provocação do Cuiabá vem na esteira de uma cobrança que já se arrasta desde a temporada passada. O valor se refere à venda do volante Raniele ao Corinthians, que deveria ter iniciado o pagamento em 17 de julho, conforme acordo firmado com a CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas). "365 dias aguardando… Até agora NADA", publicou o perfil oficial do clube.

Além disso, o presidente do Dourado, Cristiano Dresch, tem se manifestado publicamente sobre o tema. Em entrevista recente ao GE, o dirigente foi direto:

"Nós temos hoje quatro clubes que nos devem. O Corinthians deve R$ 18 milhões, quase R$ 18,5 milhões, para o Cuiabá. Está previsto para nos pagar em julho, no dia 17. Vence a primeira parcela do plano coletivo que eles fizeram na CNRD", afirmou Dresch.

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Dívidas acumuladas colocam clubes em alerta

Vale destacar que a situação do Corinthians não é um caso isolado. De acordo com Dresch, outros grandes clubes também estão inadimplentes com o Cuiabá:

  • Santos (R$ 16,3 milhões pela compra de Joaquim)
  • Atlético-MG (R$ 4,6 milhões por Deyverson)
  • Grêmio (R$ 700 mil por Pepê)

Com isso, a dívida total já ultrapassa os R$ 40 milhões. Sendo assim, a saúde financeira do Cuiabá, que disputa a Série B, está diretamente afetada.

Cabe ressaltar que esse tipo de prática fragiliza o sistema de transferências do futebol nacional. Isso porque, sem garantias de que os valores acordados serão pagos, clubes menores ficam reféns de inadimplência dos grandes. Por isso, o tom usado pelo Cuiabá nas redes também carrega uma crítica estrutural.

Desse jeito, a exposição pública pode ser vista como uma tentativa de pressionar não só os devedores, mas também as instâncias reguladoras.

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