Andrés Sanchez disse não ter falado “nem bom dia” a Carlitos Tevez recentemente. Diante da informação de que o Corinthians deseja contratar o atacante do Boca Juniors, reforçada pelo diretor financeiro Emerson Piovesan, o superintendente de futebol do clube disse não haver qualquer negociação em andamento.
“Ele voltou ao Boca Juniors faz dois meses. É até ridículo isso”, afirmou o ex-presidente alvinegro, desconsiderando o comentário de Piovesan de que “é viável”. “O financeiro cuida do financeiro. O futebol cuida do futebol. Cada um cuida da sua parte”, esbravejou.
De acordo com Sanchez – que era o diretor de futebol durante a passagem de Tevez pelo Corinthians, entre 2005 e 2006 –, o jogador de 31 anos, “se quisesse, teria voltado antes”. Ele não descartou a chegada dele no futuro, no entanto, e disse que a personalidade do argentino não seria um problema no grupo de Tite.
“Clima, tem. Jogador é difícil mesmo. Se quer jogador certinho, desse jeito aí, mauricinho, tem que ser na Vila”, comentou, em clara referência à Vila Sônia, como gosta de mencionar o São Paulo. Que vila, Andrés? “Qualquer vila. A Vila dos Remédios, lá, o meu bairro.”
De qualquer maneira, no momento, o dirigente afirmou que as condições financeiras do clube – há meses de direitos de imagem em atraso a cinco jogadores do elenco – não permitem investir em um jogador do nível de Tevez. “Vocês não falam que o clube está quebrado? Vamos penhorar, estádio, penhorar jogador...”
Pouco após as declarações de Andrés, na beira do gramado do CT do Parque Ecológico, o técnico Tite foi conceder entrevista ao lado do diretor de futebol, Eduardo Ferreira. O cartola reiterou que “nunca houve nada” em relação à chegada do argentino, e o treinador lamentou o momento inoportuno das especulações.
“A gente está em um momento muito importante nosso”, afirmou o gaúcho, líder do Campeonato Brasileiro a dez rodadas do final. “Tenho uma responsabilidade, assim como o Eduardo e os atletas. É ficar focado dentro do campo e tirar essas situações, que podem ser jornalisticamente importantes. Para nós, não.”